Ataques israelitas fizeram 52 mortes hoje, diz Defesa Civil da Palestina

Pelo menos que 52 pessoas foram hoje mortas por bombardeamentos israelitas em todo o território palestiniano, de acordo com a Defesa Civil, organismo controlado pelo Hamas.

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Lusa
22/05/2025 21:30 ‧ há 5 horas por Lusa

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Palestina

Simultaneamente, Israel apelou a novas evacuações do norte da Faixa de Gaza, onde tem continuado os seus bombardeamentos, criticando as crescentes críticas internacionais à intensificação da sua ofensiva no território palestiniano.

 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou hoje à noite Paris, Londres e Otava de encorajarem "os assassinos em massa do Hamas" a lutar, depois de as três capitais terem denunciado as "ações escandalosas" do seu Governo em Gaza.

Simultaneamente, o Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou que "algumas padarias" na Faixa de Gaza tinha retomado as suas atividades, depois de as autoridades israelitas, sob pressão internacional, terem anunciado esta semana um recomeço limitado da ajuda humanitária, totalmente bloqueada há mais de dois meses.

Em meados de maio, o exército intensificou os bombardeamentos e as operações terrestres, com o objetivo declarado de aniquilar o Hamas e libertar os reféns raptados durante o ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano a Israel, em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.

"O exército está a operar com força nas zonas onde vocês se encontram" porque "as organizações terroristas (aí) continuam as suas atividades", advertiu na quinta-feira, em árabe, nas redes sociais, num apelo à evacuação de 14 setores no norte do território, nomeadamente no campo de Jabalia.

Depois de as forças israelitas terem quebrado uma trégua de dois meses, a 18 de março, o Governo de Benjamin Netanyahu anunciou, no início de maio, um plano de "conquista" de Gaza, à custa da deslocação interna da "maioria" dos seus 2,4 milhões de habitantes.

Alegando querer obrigar o Hamas a libertar os reféns de 07 de outubro, Israel bloqueou igualmente toda a ajuda a Gaza, a 2 de março, acusando o movimento palestiniano de a desviar, o que este nega.

"Cerca de 90 camiões que transportavam alimentos para bebés, farinha e medicamentos puderam fazer entregas em "vários destinos em Gaza" na quarta-feira, segundo a ONU.

O PAM disse ter conseguido abastecer algumas padarias no sul e no centro, tornando possível fazer "pão fresco pela primeira vez em mais de dois meses".

Mas um "pequeno número" de camiões foi 'intercetado' por habitantes famintos, uma espécie de "auto distribuição" que "reflete o elevado nível de angústia" entre os habitantes de Gaza, afirmou Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral da ONU.

O ministro da Saúde da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP),  estimou hoje que entre 10.000 e 20.000 mortes estão por identificar e incluir no número de 53.000 registado no conflito entre Israel e Hamas.

"Há muito mais pessoas não identificadas, entre 10.000 e 20.000, que não declaramos [oficialmente], mas que são reais", sublinhou Maged Abu Ramadan, médico oftalmologista e antigo presidente da Câmara de Gaza, entre 2005 e 2008, que se encontra em Genebra a participar na assembleia anual da Organização Mundial de Saúde (OMS), onde estão a ser discutidas várias resoluções relacionadas com os territórios palestinianos ocupados.

"Muito não estão identificados porque não dispomos de dados essenciais suficientes sobre eles, como documentos de identidade e data de morte, entre outros. Mas há muito mais pessoas não identificadas", disse o ministro, 

Abu Ramadan disse que aos 53.000 mortos totalmente identificados e aos 20.000 por identificar devem ser acrescentados "milhares de desaparecidos, que não sabemos se estão sob os escombros ou detidos por Israel".

Leia Também: Suspeito de matar israelitas gritou "Palestina livre". Já se sabe quem é

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