China contesta sanções da UE à Rússia que afetam empresas: "Insatisfação"

As autoridades chinesas rejeitaram hoje as novas sanções impostas pela União Europeia à Rússia no âmbito da guerra com a Ucrânia, alegando que afetam empresas chinesas e que não têm como base o direito internacional.

Notícia

© Getty Images

Lusa
21/05/2025 11:16 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

China

Pequim "opõe-se firmemente a tais sanções unilaterais, porque não têm qualquer base no direito internacional e não contam com a aprovação do Conselho de Segurança da ONU", disse hoje a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, em conferência de imprensa.

 

"Expressamos a nossa firme insatisfação e a nossa veemente rejeição às sanções infundadas impostas pela União Europeia [UE] contra as empresas chinesas", adiantou a mesma fonte, citada pelo jornal estatal chinês Global Times.

A porta-voz exortou ainda a UE a "parar de ter critérios diferentes em relação à sua cooperação económica e comercial com a Rússia" salientando que muitos países, incluindo membros da UE e os Estados Unidos, continuam a manter relações comerciais com Moscovo.

As empresas chinesas afetadas pelas sanções da UE são consideradas cúmplices da Rússia, já que Moscovo as usa para contornar as sanções e medidas de restrição.

"As relações comerciais normais entre as empresas chinesas e russas têm de continuar e não podem ser interrompidas por interferências ou restrições", alegou Mão Ning, prometendo que o Governo chinês tomará as medidas apropriadas para "proteger os seus direitos e interesses legítimos".

Mao aproveitou a oportunidade para sublinhar que a China nunca forneceu armas letais às partes e sublinhou que "controla rigorosamente a exportação de produtos que possam ter dupla utilização".

A UE adotou na terça-feira o 17.º pacote de sanções contra a Rússia e a chamada "frota fantasma", além de medidas restritivas dirigidas a entidades e indivíduos russos e estrangeiros que apoiam o esforço de guerra de Moscovo.

Segundo a responsável pela política externa do bloco europeu, Kaja Kallas, estão ainda em preparação mais sanções contra a Rússia caso Moscovo continue a guerra na Ucrânia.

O novo pacote inclui, segundo o Conselho Europeu, medidas económicas e individuais que "cortam o acesso da Rússia à tecnologia militar essencial e restringem as receitas energéticas russas que alimentam a sua guerra de agressão contra a Ucrânia".

Nesse sentido, a UE impôs sanções individuais (congelamento de ambiente e proibições de disponibilidade de fundos) visando o ambiente empresarial que permite a operação da "frota fantasma", como companhias de navegação dos Emirados Árabes Unidos, Turquia e Hong Kong, além de uma importante seguradora.

Entre as medidas adotadas, contam-se também restrições a 45 empresas e indivíduos russos que fornecem drones, armas, munições, equipamento militar, componentes essenciais e apoio logístico ao Exército e facilitadores industriais, como entidades russas e chinesas que fornecem máquinas e ferramentas aos setores militar e industrial russos.

Três outras entidades chinesas - incluindo empresas estatais - foram colocadas na "lista negra", bem como uma empresa bielorrussa e outra israelita que fornecem componentes essenciais para os militares russos, incluindo para a produção de drones.

Leia Também: Plano dos EUA para defesa antimíssil? "Prejudica a estabilidade global"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas