"Inaceitável". ONU pede investigação após tiroteio "contra diplomatas"

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, está "alarmado" com os tiroteios do exército israelita contra diplomatas estrangeiros em Jenin, na Cisjordânia ocupada, e reclamou uma "investigação completa" ao ataque, que considerou "inaceitável".

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Lusa
21/05/2025 19:32 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Guterres "está alarmado com os relatos do que o exército israelita chamou de tiros de advertência contra diplomatas, incluindo funcionários da ONU", disse à imprensa Stéphane Dujarric, porta-voz de Guterres.

 

"Esses diplomatas, incluindo funcionários da ONU, foram alvejados, seja como tiros de advertência ou de outra forma, o que é inaceitável", afirmou Dujarric, que acrescentou: "É claro que diplomatas em exercício de funções jamais devem ser alvejados ou atacados de qualquer forma (...). Qualquer uso de força contra eles é inaceitável".

"Pedimos às autoridades israelitas que conduzam uma investigação completa, partilhem as descobertas connosco e tomem todas as medidas para evitar que tal incidente aconteça novamente", adiantou o porta-voz.

As forças israelitas fizeram hoje "disparos de advertência" contra um grupo internacional de perto de 30 diplomatas e funcionários humanitários, entre os quais estava o chefe da missão de Portugal em Ramallah, o embaixador Frederico Nascimento.

O exército justificou que a delegação se "desviou da rota aprovada" da visita a Jenin, organizada pela Autoridade Palestiniana, e lamentou "o incómodo" causado.

Não houve relatos de feridos nem danos no incidente.

O incidente gerou protestos de vários governos, incluindo o português.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português convocou hoje o embaixador de Israel em Lisboa após o ataque, que condenou "liminarmente".

"Portugal condena liminarmente o ataque do exército israelita à comitiva diplomática que visitou Jenin, na Cisjordânia", anunciou, em comunicado, o ministério dirigido por Paulo Rangel.

"Perante este incidente, que põe em causa o Direito Internacional, o Embaixador de Israel em Portugal [Oren Rosenblat] já foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros", referiu a mesma nota.

Leia Também: Bigot é o novo enviado especial da UE no processo de paz no Médio Oriente

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