"Eles querem fazer reuniões em Cuba, na Venezuela. (...) Conversei com o Papa sobre essa questão: como o Vaticano poderia ser o palco para novas negociações de paz, sob --- talvez seja ingenuidade minha --- a crença de que o espírito do amor eficaz cubra a ganância e nos leve à paz", declarou o líder colombiano, num vídeo partilhado pelo gabinete da presidência.
Petro afirmou que o ELN poderia ter "uma segunda oportunidade", depois de "ter cometido um massacre" e "esquecido os seus princípios revolucionários", referindo-se aos ataques na região de Catatumbo.
"Esqueceu-se de que (...) havia uma teoria do amor efetivo que não é mais do que o amor aos pobres, a opção preferencial pelos pobres, e que estão a matar os pobres, 100 camponeses de Catatumbo, só porque trocaram as bandeiras da mudança e da transformação pelas bandeiras dos bandidos mexicanos e se curvaram e se ajoelharam diante deles", afirmou.
O Presidente colombiano anunciou em meados de janeiro o rompimento das negociações com o ELN em resposta à nova onda de violência em Catatumbo, uma região que tradicionalmente tem sido um local de confronto entre o grupo guerrilheiro e as agora extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
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