Após uma trégua de dois meses, Israel retomou a ofensiva a 18 de março, com o objetivo declarado de obter a libertação de todos os reféns ainda detidos em Gaza desde 7 de outubro de 2023.
Netanyahu ameaçou na segunda-feira que o Exército iria entrar em Gaza para completar a operação e derrotar o movimento islamita palestiniano Hamas, que controla o enclave.
"As famílias dos reféns acordaram esta manhã com o coração pesado e muito preocupadas com as notícias da intensificação dos ataques [israelitas] em Gaza e com a iminente conclusão da visita do Presidente [Donald] Trump à região", declarou o Fórum das Famílias dos Reféns em comunicado.
"Estamos a viver tempos dramáticos que determinarão o futuro dos nossos entes queridos e perder esta oportunidade histórica seria um fracasso", acrescentou o comunicado, apelando a Netanyahu para unir forças com o Presidente dos Estados Unidos no sentido de garantir a libertação de todos os reféns.
A Defesa Civil de Gaza disse hoje que pelo menos 56 pessoas tinham sido mortas em bombardeamentos israelitas efetuados durante a noite.
Contactado pela agência France-Presse, as forças israelitas recusaram-se a comentar os ataques.
Por outro lado, o Fórum Tikva, um pequeno grupo de apoio às famílias dos reféns, disse hoje que a pressão militar israelita tem de ser muito mais forte e coordenada com a pressão diplomática, além de defender o "cerco completo" e cortes no abastecimento de água e eletricidade.
Para o Tikva, a pressão militar no enclave palestiniano pode conduzir à libertação de todos os reféns.
Das 251 pessoas raptadas no ataque de 7 de outubro em solo israelita, 57 continuam detidas em Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo Exército israelita.
Na segunda-feira, o Hamas libertou o refém israelo-americano Edan Alexander, que se encontrava detido há 19 meses na Faixa de Gaza.
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