Zelensky agradece a Costa preparação de novas sanções a Moscovo

O líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu hoje em Tirana ao presidente do Conselho Europeu, António Costa, a preparação de novas sanções contra a Rússia, após o ter o informado sobre o resultado das negociações com Moscovo em Istambul.

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© LUDOVIC MARIN/AFP via Getty Images

Lusa
16/05/2025 21:53 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"A pressão sobre a Rússia deve aumentar se não aceitar um cessar-fogo completo e incondicional", escreveu Zelensky numa mensagem na rede X em que dá conta da sua conversa com Costa na reunião da Comunidade Política Europeia (CEP), realizada hoje na capital albanesa.

 

O Presidente ucraniano agradeceu a Costa os preparativos da UE para o 17.º pacote conjunto de sanções contra a Rússia desde o início da guerra e que deverá ser anunciado na terça-feira.

"Esperamos que seja dirigido contra tudo o que financia a máquina de guerra russa: os bancos, o petróleo, a energia, a metalurgia e a frota fantasma", disse Zelensky, referindo-se aos navios que a Rússia utiliza para escapar às sanções em vigor sobre as suas exportações de energia.

Zelensky e Costa discutiram também os esforços da Ucrânia para ser integrada na UE.

No seguimento da reunião em Tirana, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse que os países europeus continuam a preparar novas sanções contra a Rússia em coordenação com os Estados Unidos, se Moscovo continuar a recusar um cessar-fogo na Ucrânia.

"O que continua a ser relevante é (...) a única proposta concreta que foi feita é a de um cessar-fogo incondicional" para a Ucrânia, defendeu a partir de Tirana, após discussões infrutíferas sobre este assunto em Istambul.

Ao fim de menos de duas horas de reunião, os negociadores russos e ucranianos anunciaram uma troca de 1.000 prisioneiros de cada lado e discutiram a possibilidade de um cessar-fogo e de um encontro entre Putin e Zelensky, mas ainda sem acordo.

"Continuamos (...) a preparar novas sanções em coordenação com os Estados Unidos da América, caso não haja uma resposta positiva", referiu Macron.

A delegação ucraniana espera "nas próximas horas" uma resposta aos pedidos a Moscovo, disse ainda o Presidente francês, indicando que os líderes europeus vão também manter novas conversações com Donald Trump.

O líder norte-americano "pretende manter discussões com o lado russo para esclarecer o que aconteceu", acrescentou, mencionando possíveis "contactos telefónicos" inicialmente com Vladimir Putin.

Zelensky e líderes europeus falam com Trump após negociações na Turquia

Zelensky e líderes europeus falam com Trump após negociações na Turquia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os chefes de governo de França, Alemanha, Reino Unido e Polónia conversaram hoje por telefone com o líder norte-americano, Donald Trump, no dia em que Kyiv e Moscovo iniciaram negociações diretas em Istambul.

Lusa | 16:53 - 16/05/2025

As declarações de Macron surgem após um telefonema conjunto com Zelensky e os chefes de governo da Alemanha, Reino Unido e Polónia com Donald Trump.

"A Ucrânia está pronta para tomar medidas o mais rapidamente possível para alcançar a paz real, e é importante que o mundo mantenha uma posição forte", afirmou Zelensky nas redes sociais após o telefonema conjunto.

O Presidente ucraniano reiterou que a posição da Ucrânia é manter a pressão sobre a Rússia até que "esteja pronta para acabar com a guerra", adicionando que "se os russos rejeitarem um cessar-fogo completo e incondicional e o fim dos assassínios", merecem fortes sanções.

No seguimento do telefonema conjunto com Trump, os líderes europeus indicaram que a posição da Rússia nas negociações de cessar-fogo com a Ucrânia é inaceitável e pretendem coordenar uma resposta sobre as novas etapas, que poderão incluir o agravamento de sanções a Moscovo.

Nas suas declarações hoje, o Presidente francês considerou ainda que se George Simion, um ultranacionalista eurocético, vencer no domingo as eleições presidenciais romenas, as consequências para a vizinha Moldova poderão ser "muito prejudiciais", avisando para o aumento da pressão russa na região.

"É óbvio para todos que, se o candidato pró-Rússia e antieuropeu vencer, as consequências para a vizinha Moldova podem ser muito prejudiciais", disse Macron, numa alusão à região separatista da Transnístria sob ameaça de Moscovo.

Leia Também: Zelensky e líderes europeus falam com Trump após negociações na Turquia

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