ONU alerta para escalada entre Israel e Huthis

O enviado da ONU para o Iémen manifestou hoje preocupação com a "escalada perigosa" entre Israel e os Huthis, quando o Exército israelita continua os ataques em retaliação às ações hostis dos rebeldes iemenitas.

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Lusa
14/05/2025 17:31 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Os acontecimentos das últimas semanas servem como um lembrete claro de que o Iémen está envolvido em tensões regionais mais amplas", disse Hans Grundberg numa reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

 

"O ataque do Ansar Allah [nome oficial do movimento dos Huthis] a 04 de maio contra o aeroporto [israelita] Ben Gurion e os subsequentes ataques israelitas contra o porto de Hodeidah, o aeroporto de Sana e outros locais representam uma escalada perigosa, e as ameaças e ataques, infelizmente, continuam", acrescentou o enviado especial da ONU.

A 04 de maio, um míssil dos Huthis atingiu pela primeira vez o perímetro do aeroporto internacional Ben Gurion, perto de Telavive. Em retaliação, o exército israelita visou o aeroporto de Sana e bombardeou centrais elétricas e fábricas de cimento, a 06 de maio.

Depois de anunciar a interceção de um novo míssil, o exército israelita pediu hoje a evacuação de três portos controlados pelos Huthis.

Apesar da situação, Grundberg saudou o recente acordo de cessar-fogo entre os rebeldes e os Estados Unidos como "uma necessária e importante redução da tensão no mar Vermelho".

Alegando agir em solidariedade com os palestinianos, os Huthis reivindicaram a responsabilidade por dezenas de ataques com mísseis e drones contra Israel, desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em Gaza.

Os rebeldes atacaram também navios associados a Israel na costa do Iémen, particularmente no mar Vermelho, por onde passa cerca de 12% do comércio mundial.

O responsável humanitário da ONU, Tom Fletcher, por sua vez, manifestou preocupação com "a deterioração" da situação humanitária no Iémen, com metade das crianças do país (2,3 milhões) a sofrer de subnutrição.

Para Fletcher, com o fim de vários programas de ajuda subsidiados pelos Estados Unidos, os programas de nutrição que tratavam 350 mil crianças e mães já tiveram de fechar em áreas controladas pelos Huthis e 400 centros de saúde, incluindo 64 hospitais, terão de interromper as operações, com um impacto em sete milhões de pessoas.

Leia Também: Israel apela à evacuação de portos controlados por Huthis

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