Trump falará em breve com Zelensky após Kyiv ter ratificado acordo

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje que irá reunir-se em breve com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, após Kyiv ter ratificado o acordo com os Estados Unidos sobre a exploração dos recursos naturais do país.

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Lusa
08/05/2025 17:09 ‧ há 3 horas por Lusa

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Ucrânia

"Acabamos de concluir o acordo de terras raras com a Ucrânia. Foi ratificado e aprovado pelo seu corpo legislativo (...) e falarei com o Presidente [Zelensky] em breve, um pouco mais tarde", declarou Trump na Casa Branca (sede da presidência norte-americana).

 

O parlamento ucraniano ratificou hoje o acordo de parceria económica entre a Ucrânia e os Estados Unidos, indicou a ministra da Economia ucraniana, Ioulia Svyrydenko, que disse esperar que o documento abra caminho à concessão de uma nova ajuda militar norte-americana a Kyiv para fazer face à invasão russa.

O documento sobre a exploração dos recursos naturais do país, assinado após semanas de negociações difíceis, diz respeito à extração de minerais, petróleo e gás na Ucrânia, país que enfrenta há mais de três anos uma ofensiva militar russa.

Embora não inclua garantias de segurança para Kyiv, a Ucrânia espera que possa abrir caminho à concessão de uma nova ajuda militar dos Estados Unidos.

O acordo foi assinado no final de abril, após semanas de tensões entre Kyiv e Washington, que culminaram numa altercação verbal entre os Presidentes Trump e Zelensky na Sala Oval da Casa Branca, no final de fevereiro.

Contrariamente ao que Trump pretendia inicialmente, o documento não prevê que a ajuda norte-americana concedida pelo seu antecessor, Joe Biden, desde o início da invasão em 2022, seja contabilizada como dívida da Ucrânia para com os Estados Unidos, destacou Svyrydenko.

"O facto de não se tratar de dívida, nem de crédito, mas sim de investimentos na economia ucraniana é muito importante", garantiu a ministra.

O texto prevê, por outro lado, que a nova ajuda militar norte-americana seja contabilizada como contribuição para um fundo de investimento conjunto dos dois países, lembrou ainda Ioulia Svyrydenko.

A contribuição ucraniana consistirá em 50% das receitas provenientes de novas licenças emitidas para a exploração de recursos naturais da Ucrânia (petróleo, gás, minerais raros, num total de 57 tipos de recursos), de acordo com o documento.

"O controlo dos recursos naturais continuará, como previsto na Constituição, nas mãos do povo ucraniano", assegurou a ministra.

Este fundo para a "reconstrução" da Ucrânia, devastada por mais de três anos de guerra, será financiado e gerido em partes iguais por ambos os signatários.

O acordo não inclui, no entanto, garantias de segurança por parte dos Estados Unidos, um ponto que era defendido por Kyiv, confirmou ainda a ministra.

Uma versão anterior do acordo, proposta por Washington em março, foi descrita por órgãos de comunicação social e especialistas como muito desfavorável para Kyiv. Essa versão foi posteriormente revista após difíceis negociações.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Leia Também: Trump alcança "acordo histórico" com o Reino Unido

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