"Após discussões e contactos recentes entre o sultanato de Omã e os Estados Unidos e autoridades relevantes em Sana (...) os esforços resultaram num acordo de cessar-fogo entre as duas partes", anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Omã, Badr al-Busaidi.
No futuro, "nenhum dos lados atacará o outro, incluindo embarcações dos Estados Unidos" no mar Vermelho e no estreito de Bab al-Mandab, afirmou Badr al-Busaidi, citado pela agência de notícias France Presse (AFP).
O anúncio seguiu-se a declarações do Presidente norte-americano, nas quais afirmou que os Huthis se tinham rendido e os bombardeamentos dos Estados Unidos no Iémen iam parar de imediato.
"Os Huthis anunciaram (...) que não querem lutar mais. Simplesmente não querem lutar. E nós honraremos isso. Vamos parar os bombardeamentos. Eles renderam-se", afirmou Trump, na Sala Oval da Casa Branca, ao lado do novo primeiro-ministro canadiano, Mark Carney.
O acordo de cessar-fogo surge após dois dias consecutivos de ataques dos Estados Unidos e de Israel no Iémen.
Os Estados Unidos destacaram uma força para a região, com o objetivo de neutralizar os ataques dos rebeldes xiitas apoiados pelo Irão contra a navegação comercial no mar Vermelho e golfo de Aden.
O grupo iemenita, que controla grandes áreas do Iémen incluindo a capital, alega que cerca de dez ataques norte-americanos visaram Sana antes do amanhecer de segunda-feira.
Aeronaves israelitas também bombardearam hoje as infraestruturas controladas pelos Huthis pelo segundo dia consecutivo, dois dias depois de os rebeldes terem lançado um ataque com mísseis ao principal aeroporto internacional de Israel, em Telavive.
Os meios de comunicação social afetos aos Huthis indicaram que pelo menos três pessoas foram mortas e 38 ficaram feridas nestes ataques.
Um funcionário do aeroporto de Sana disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que a infraestrutura ficou "completamente destruída" e três dos sete aviões pertencentes à companhia aérea nacional iemenita ficaram inutilizados.
O Pentágono anunciou no final de abril que atingiu mil alvos ligados aos Huthis no Iémen desde 15 de março, matando vários combatentes e líderes rebeldes.
O conflito tem como pano de fundo a guerra na Faixa de Gaza, entre Israel e o grupo islamita Hamas, com os Huthis a justificar os ataques com o apoio ao aliado palestiniano.
[Notícia atualizada às 20h06]
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