Os últimos ataques aéreos dos EUA começaram depois da meia-noite de domingo e concentraram-se no distrito de Shuob, no sul da capital iemenita, onde pelo menos 14 pessoas, "todos civis", ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelos huthis.
O porta-voz dos rebeldes iemenitas, Al Masirah, revelou hoje que cerca de 20 "bombardeamentos americanos" e afirmou que tinham como alvo "instalações civis", incluindo empresas e lojas pertencentes a cidadãos.
Hoje de manhã, o correspondente da Agência France Presse (AFP) ouviu explosões violentas na capital, controlada pelos huthis desde 2014.
No final de abril, ataques atribuídos aos americanos em Sana fizeram pelo menos oito mortos e vários feridos, de acordo com os rebeldes.
Também houve ataques nas regiões de Marib (centro), Saadah, um reduto houthi, e Jaouf, no norte do Iémen, de acordo com a mesma fonte, atribuindo-os às forças americanas.
Os huthis, que fazem parte do "eixo de resistência" do Irão contra Israel e os Estados Unidos, dizem que estão a agir em solidariedade com os palestinos da Faixa de Gaza, devastada por uma campanha militar lançada por Israel após o ataque surpresa do Hamas, em 07 de outubro de 2023.
Desde janeiro de 2024, os militares dos EUA têm atacado posições huthi na tentativa de fazer cessar os ataques com mísseis e drones contra Israel e navios de carga que usam o Mar Vermelho.
Ataques huthi impediram que navios passassem pelo Canal de Suez, uma ligação vital com 12% do tráfego marítimo mundial. Como resultado, muitas empresas tiveram que fazer desvios dispendiosos pela África Austral.
Desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo, em janeiro, os ataques aéreos dos EUA intensificaram-se, sendo quase diários no último mês.
O exército dos EUA anunciou que atingiu mais de 1.000 alvos no Iémen desde meados de março.
No domingo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliar contra os rebeldes huthi do Iémen e o Irão, depois de um míssil ter atingido envolvente do Aeroporto Ben-Gurion, perto de Telavive, pela primeira vez, suspendendo por algum tempo o tráfego aéreo.
Os rebeldes huthi do Iémen anunciaram mais tarde que continuariam a "atacar aeroportos israelitas" e pediram às companhias aéreas que "cancelassem os seus voos" para Israel.
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