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Exército pede solução pacífica para a crise política paquistanesa

O exército paquistanês pediu ao Governo e oposição que encontrem uma solução pacífica para a crise política, depois da morte de três pessoas e de outras 500 terem ficado feridas em confrontos no fim de semana em Islamabad.

Exército pede solução pacífica para a crise política paquistanesa
Notícias ao Minuto

06:57 - 01/09/14 por Lusa

Mundo Islamabad

"Um maior uso da força só agravará o problema. A situação deve ser resolvida politicamente, sem tempo a perder nem recurso à violência", afirmou o exército em comunicado.

O chefe do exército paquistanês, general Rahil Sharif, manteve um encontro com altos quadros militares depois dos confrontos do fim de semana, no qual declarou o seu apoio à democracia e expressou preocupação com a situação.

A reunião da cúpula militar originou rumores de que o exército podia pôr fim à crise por si próprio, num país que governado em metade da sua história pelos militares.

Os confrontos começaram no sábado à noite, depois de os líderes da oposição, Imran Khan e Tahirul Qadri, instarem os seus seguidores a avançarem até à residência do chefe do governo, Nawaz Sharif, solicitando a sua demissão, informaram os meios de comunicação locais Geo e Dawn.

A polícia conteve a marcha com gás lacrimogéneo, e os manifestantes responderam com o lançamento de pedras.

Milhares de seguidores do político ex-jogador de críquete Imran Khan e do religioso Tahir ul Qadri têm estado acampados junto ao parlamento desde 15 de agosto, a exigir a resignação do primeiro-ministro, desencadeando uma crise que já levantou o espectro de uma intervenção militar.

Nawaz Sharif, que foi deposto num golpe de Estado pelos militares em 1999, tem tido um relacionamento difícil com os militares desde a sua eleição em 2013, no âmbito da sua tentativa de aproximação à Índia e julgamento por traição do ex-ditador militar Pervez Musharraf.

Analistas e observadores afirmam que, ainda que Nawaz Sharif supere a crise, ficará debilitado no resto do seu mandato e que o exército tomará o controlo da segurança e política externa.

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