Os ataques foram realizados contra as províncias de Hodeida e Baida, nas localidades de Tuhayat e Soma, segundo informações recolhidas pela estação de televisão Al-Masirah, ligada aos rebeldes iemenitas apoiados pelo Irão.
Na segunda-feira, os rebeldes xiitas já tinham relatado bombardeamentos contra o território iemenita, mas tais informações não tiveram qualquer reação por parte dos EUA ou do Reino Unido.
No entanto, Washington tinha confirmado no domingo que tinha conduzido vários ataques aéreos no sábado contra alegados alvos dos Huthis no Iémen.
Por outro lado, um navio que estava a navegar no Mar Vermelho foi hoje alvo de um ataque, segundo indicou o capitão do navio, que afirmou que foram registadas "múltiplas explosões" nas imediações da embarcação mas sem causar danos.
A United Kingdom Maritime Trade Operations (UKMTO), organização ligada à Marinha Real britânica que faz vigilância marítima na região, indicou entretanto na rede social X que o navio mantinha a rota e continuava a caminho do seu porto de destino.
"As autoridades estão a investigar" o caso, afirmou a UKMTO.
Os Hutis, que controlam a capital iemenita -- Saná - e outras zonas do norte e oeste do país desde 2015, lançaram vários ataques contra o território israelita e contra navios com algum tipo de ligação a Telavive em retaliação à ofensiva lançada pelas forças militares israelitas contra a Faixa de Gaza.
A ofensiva em Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano Hamas que visou o sul de Israel em 07 de outubro de 2023.
Perante os ataques dos Hutis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, zonas essenciais para o comércio mundial, os EUA, maior aliado de Israel, criaram uma força multinacional para proteger a navegação nesta área estratégica e lançaram os primeiros ataques no Iémen em janeiro deste ano, com a ajuda do Reino Unido.
Em retaliação, os rebeldes iemenitas também atacaram navios e 'drones' norte-americanos e britânicos.
Os Hutis integram o chamado "eixo da resistência" a Israel, uma coligação liderada pelo Irão que também integra, entre outras organizações, o grupo extremista palestiniano Hamas e as milícias libanesas do Hezbollah.
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