"Não temos a intenção de declarar guerra a quem quer que seja, somos um país pacífico", disse.
Segundo o chefe do Governo, as forças armadas russas estarão inteiramente equipadas com armamentos modernos até 2020.
"A situação neste domínio na Rússia era muito difícil, diria crítica, o desgaste de certo tipo de armamentos atingiu os 70-80 por cento. Daqui até 2020, as forças armadas russas serão completamente equipadas com armamentos modernos", acrescentou.
Quanto à situação política no país, Medvedev não concorda com a opinião de que chegou um "resfriamento" e defendeu o pacote de reformas políticas que ele introduziu no ano passado, em resposta à explosão de protestos de rua anti-Kremlin.
O primeiro-ministro disse aos jornalistas que estava "satisfeito" com as reformas destinadas à abertura do sistema político, acrescentando que quem não tinha notado isso era "desonesto".
"Temos um sistema segundo o qual, actualmente, 200 comités sociais declararam a sua intenção de criar novos partidos, dos quais 44 já estão registados, são partidos que já trabalham, alguns são muito pequeninos, fraquinhos, alguns têm boas possibilidades de se transformar em partidos fortes", sublinhou.
O primeiro-ministro russo defendeu também a polémica lei sobre as organizações não-governamentais, que as obriga a registarem-se como "agentes estrangeiros" se estiverem envolvidas em política e forem financiadas do exterior.
"Foi copiada da prática dos Estados Unidos e os americanos não renunciaram a ela", retorquiu.
Segundo o chefe do Governo, a oposição russa só terá futuro se os seus líderes forem responsáveis.
Dmitri Medvedev tentou ainda acalmar os russos, ao declarar que não acredita no fim do mundo este ano, mais precisamente a 21 de Dezembro, segundo algumas interpretações do calendário Maia.
"Não acredito que chegue o fim do mundo, pelo menos no ano corrente. Devemo-nos preparar todos para o fim do ano. Todos, tenho em vista os habitantes do nosso país, os nossos cidadãos para entrarem bem no Ano Novo, para terem boa disposição.