Israel discute termos de possível trégua no sul do Líbano
O gabinete de segurança de Israel tem em curso discussões sobre os termos de uma trégua a propor ao Hezbollah no sul do Líbano, anunciou hoje o ministro da Energia israelita, Eli Cohen.
© Karamallah Daher/Reuters
Mundo Médio Oriente
"Há conversações, mas penso que ainda vai demorar algum tempo", afirmou Cohen à rádio pública israelita, citado pela agência francesa AFP.
O exército israelita tem em curso uma ofensiva terrestre no sul do Líbano contra o grupo xiita libanês Hezbollah, que tem bombardeado o norte de Israel desde há um ano em apoio aos palestinianos de Gaza.
O canal de televisão israelita 12 noticiou na terça-feira à noite as conversações entre o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e um número limitado de funcionários israelitas com vista a uma trégua de 60 dias.
Israel exige a retirada do Hezbollah a norte do rio Litani, o destacamento do exército libanês ao longo da fronteira israelo-libanesa e um mecanismo internacional de intervenção e de aplicação da trégua, segundo o canal.
Israel exige também a garantia de que manterá a liberdade de ação em caso de ameaça.
Eli Cohen, que integra o gabinete de segurança israelita, disse que as operações do exército permitiram eliminar "toda a liderança do Hezbollah" e afetar significativamente "mais de 2.000 infraestruturas" do grupo libanês.
"Fala-se de um acordo diplomático e Israel pode chegar a essas conversações numa posição de força", afirmou à rádio pública.
Os meios de comunicação social israelitas noticiaram que dois enviados do Presidente norte-americano, Joe Biden, deverão viajar hoje para Israel para se reunirem com Netanyahu e outros dirigentes israelitas.
O conselheiro de Biden para o Médio Oriente, Brett McGurk, e o enviado especial Amos Hochstein vão discutir com as autoridades israelitas os termos de um possível cessar-fogo com o Hezbollah, segundo as mesmas fontes.
O Hezbollah abriu uma frente no sul do Líbano em 08 de outubro de 2023 em apoio ao Hamas, no dia seguinte ao ataque do grupo extremista palestiniano contra o sul de Israel a partir da Faixa de Gaza.
Relativamente à guerra em Gaza, uma fonte ligada às negociações disse à AFP, sob a condição de não ser identificada, que os mediadores vão propor ao Hamas uma trégua de "menos de um mês".
A proposta resulta de negociações em Doha entre o chefe da Mossad, a agência israelita de informação externa, David Barnea, o diretor da congénere norte-americana CIA, Bill Burns, e o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed Al Thani, acrescentou.
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