Israel diz ter atacado vários "centros de comando" do Hezbollah em Tiro 

O exército israelita afirmou hoje ter atacado "vários centros de comando e controlo" da milícia xiita Hezbollah na zona de Tiro, no sul do Líbano, onde esta manhã realizou bombardeamentos.

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© Getty Images/Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images

Lusa
23/10/2024 18:10 ‧ 23/10/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"[As forças israelitas] realizaram ataques com base em informações secretas contra vários centros de comando e de controlo pertencentes à organização terrorista Hezbollah, incluindo na zona de Tiro, no sul do Líbano", indica um comunicado militar.

 

Hoje de madrugada, Israel ordenou a retirada da população de uma grande parte da cidade de Tiro, onde as autoridades locais estimam que permanecem mais de 14.000 pessoas, além das cerca de 4.500 deslocadas de outras partes do sul do país mediterrânico na sequência da escalada dos ataques israelitas contra o Hezbollah, há um mês.

"O aviso visa especificamente as pessoas que se encontram nos edifícios entre as ruas: al-Hiram, Ja'far Sharaf al-Din, Abu Dib e al-Azar", avisou o porta-voz militar israelita em língua árabe, Avichay Adraee, antes dos ataques, acusando o Hezbollah de operar nessas zonas.

Israel afirma que Tiro é um dos principais redutos do grupo libanês e um dos locais a partir dos quais dirige "atividades terroristas contra civis e soldados israelitas".

"O Hezbollah assume sistematicamente o controlo de propriedades civis e religiosas em todo o Líbano. Isto põe em perigo a vida dos civis", declarou o exército.

A cidade libanesa, Património Mundial da UNESCO, é a maior cidade do sul do Líbano, uma região onde os ataques israelitas se têm concentrado desde o início da campanha de bombardeamento que começou há pouco mais de um mês.

O jornal L'Orient-Le Jour noticiou que os alvos incluíam a sede da empresa al-Chadid, uma sucursal da Associação al-Qadr al-Hassan, que Israel considera ser a ala financeira do Hezbollah.

Segundo o jornal, foram também bombardeadas as instalações do Comité Islâmico de Saúde, uma organização de Defesa Civil ligada ao Hezbollah, um antigo edifício governamental em Tiro e um complexo residencial no centro da cidade, sem que o exército israelita tenha especificado os alvos específicos destes ataques.

Tiro, Património Mundial da Unesco, é a cidade mais importante do sul do Líbano, região onde se concentram os ataques israelitas desde o início da campanha que começou há pouco mais de um mês contra o país mediterrânico.

Esta é a primeira operação israelita em grande escala contra a cidade de Tiro, uma cidade fenícia com mais de mil anos, onde se encontram as imponentes ruínas da cidade romana e as construções medievais das cruzadas na ilha velha, a necrópole no continente, a estrada monumental, o aqueduto e o hipódromo.

De acordo com os números da ONU, mais de um quarto do país foi colocado sob ordens de evacuação israelitas.

Num ano de fogo cruzado entre o Hezbollah e as forças israelitas, mais de 2.500 pessoas foram mortas no Líbano, a grande maioria no último mês de escalada dos combates, enquanto mais de 11.000 ficaram feridas, segundo as autoridades libanesas.

Em Israel, 65 pessoas foram mortas, metade das quais civis, e 16 soldados caíram em combate no sul do Líbano desde que o exército israelita enviou tropas para o outro lado da fronteira na madrugada de 01 de outubro.

Leia Também: Israel diz ter encontrado túneis e arsenais do Hezbollah perto da FINUL

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