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Grupo democrata retira apoio a Harris por ação na guerra Israel-Hamas

Os líderes de um movimento democrata que protesta contra a guerra entre Israel e Hamas disseram hoje que não apoiarão a candidatura presidencial da vice-presidente Kamala Harris, mas exortaram fortemente ao voto contra Donald Trump em novembro.

Grupo democrata retira apoio a Harris por ação na guerra Israel-Hamas
Notícias ao Minuto

17:13 - 19/09/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

O movimento 'Uncommitted' ('Descomprometidos', numa tradução livre) atraiu centenas de milhares de votos nas primárias democratas no início deste ano em protesto contra a forma como a administração liderada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, lidou com a guerra Israel-Hamas, em curso desde outubro passado.  

 

Os líderes do grupo exortaram a administração Biden a alterar a sua política em relação ao conflito, alertando para o facto de alguns eleitores democratas poderem abster-se de votar nas eleições presidenciais de novembro, em especial no estado decisivo do Michigan.

Apesar de meses de discussões com altos funcionários democratas, o descontentamento nas fileiras do voto de protesto só aumentou após a Convenção Nacional Democrata, quando lhes foi negado um orador no palco e outras exigências ficaram por satisfazer.

"A relutância de Harris em mudar a política de armas incondicionais ou mesmo em fazer uma declaração de campanha clara em apoio à defesa das leis de direitos humanos existentes nos Estados Unidos e internacionais tornou impossível para nós apoiá-la", disseram os líderes do movimento num comunicado.

Os líderes do grupo também deixaram claro na sua declaração que se opõem veementemente a que os apoiantes votem no candidato republicano Donald Trump ou num candidato de um terceiro partido que "possa ajudar inadvertidamente a criar uma presidência Trump".

Em vez disso, pediram aos eleitores que registassem "votos anti-Trump" e que votassem "em todos os níveis da votação".

"Na nossa avaliação, a melhor esperança de mudança do nosso movimento reside no crescimento do nosso poder de organização anti-guerra, e esse poder seria severamente prejudicado por uma administração Trump", sustentaram os representantes.

Para o movimento "Uncommitted", a campanha de Harris não abordou diretamente o anúncio do grupo numa declaração que dizia que a vice-presidente trabalharia para "ganhar todos os votos" e "unir" os Estados Unidos.

"Ela continuará a trabalhar para que a guerra em Gaza termine de uma forma em que Israel esteja seguro, os reféns sejam libertados, o sofrimento em Gaza termine e o povo palestiniano possa realizar o seu direito à dignidade, à segurança, à liberdade e à autodeterminação", ripostou a campanha da candidata presidencial democrata.

Depois de a convenção democrata não ter incluído um orador palestiniano norte-americano, como solicitado, o grupo pediu à campanha de Harris que respondesse, até 15 deste mês, ao pedido para que o vice-presidente se reunisse com as famílias palestinianas americanas em Michigan e discutisse as suas exigências da suspensão da venda de armas a Israel e de garantia de um cessar-fogo permanente.

O grupo afirma que estas exigências não foram satisfeitas.

O movimento começou no estado do Michigan, quando mais de 100.000 eleitores associaram-se ao lema "Uncommitted" nas primárias democratas do estado, que alberga a maior concentração de árabes americanos do país, o que faz deles um grupo eleitoral importante, uma vez que cada candidato presidencial tenta ganhar este estado crucial.

Ambos os candidatos têm tentado ativamente conquistar os líderes da grande comunidade árabe-americana da área metropolitana de Detroit. 

No mês passado, Harris encontrou-se com o presidente da câmara de Dearborn, a maior comunidade árabe-americana do país, enquanto na terça-feira, Trump reuniu-se com o presidente da câmara de Hamtramck, uma cidade maioritariamente muçulmana na área metropolitana de Detroit, para obter o seu apoio.

Leia Também: Mais de 100 republicanos dizem que Trump "alimenta caos" e apoiam Kamala

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