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Austrália dá barcos a requerentes de asilo para voltarem à Índia

As autoridades australianas ofereceram embarcações a um grupo de requerentes de asilo para que estes regressem à Índia, denunciou hoje um dos advogados.

Austrália dá barcos a requerentes de asilo para voltarem à Índia
Notícias ao Minuto

14:00 - 04/08/14 por Lusa

Mundo Perseguição

As embarcações foram oferecidas a um grupo de 157 requerentes, cristãos tâmil que estavam a fugir de perseguições no Sri Lanka através de um barco que partiu da Índia, disse Hugh de Kretser, advogado e diretor executivo do Centro de Leis e Direitos Humanos.

"Eles estavam aterrorizados com a ideia de serem postos no mar alto em botes salva-vidas, sem terem experiencia em navegação ou em operar um barco, e ainda terem que tomar responsabilidade pelas famílias que se encontram na embarcação", disse o advogado.

O grupo, que inclui 50 crianças, foi recolhido por autoridades australianas no fim de junho, e passaram semanas num barco alfandegário.

Já o ministro da imigração australiano, Scott Morrison, afirmou que grande parte do grupo são emigrantes económicos, informou que eles podiam ser devolvidos à Índia, mesmo não sendo cidadãos daquele país, sobre um acordo com Nova Deli.

No entanto, todos os requerentes de asilo recusaram entrevistas com oficiais consulares indianos em território australiano, tendo sido transferidos para um campo de detenção na ilha de Nauru, a nordeste da Papua Nova Guiné.

Morrison já tinha recusado anteriormente oferecer detalhes sobre operações marítimas da Operação "Fronteiras Soberanas", uma política do governo com o objetivo de terminar o tráfico humano e parar barcos de asilo.

Segundo o advogado, as autoridades propuseram dividir o grupo por vários barcos para que pudessem regressar ao porto de onde partiram, atravessando o Oceano Índico.

"Quando recusaram, afirmando não ter experiência em usar e navegar um barco, e que não podiam tomar responsabilidade pela vida dos outros, os oficiais disseram-lhes que se tratava de uma decisão do governo australiano e que teriam de obedecer", informou de Kretser.

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