"Israel não fará parte do quadro trilateral proposto pela França", assegurou Gallant, acrescentando que "enquanto Israel trava uma guerra justa para defender o seu povo, a França adotou políticas hostis contra Israel".
"Ao fazer isso, a França ignora as atrocidades cometidas pelo Hamas contra crianças, mulheres e homens israelitas", criticou o ministro israelita, na rede social X.
Na quinta-feira, no âmbito da cimeira do G7 em Itália, Macron disse que França, Estados Unidos e Israel iriam trabalhar num formato trilateral para um roteiro para tentar reduzir as tensões na fronteira entre Israel e o Líbano.
Perante a reação de Gallant, vários altos funcionários do Governo de Israel criticaram o ministro da Defesa.
"Não aprovamos os ataques de Gallant contra a França", admitiram vários altos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado.
"Apesar das diferenças entre a França e Israel, estes comentários contra a França são inapropriados", disseram esses funcionários do Governo israelita.
Israel e o Hezbollah -- apoiados pelo Irão e com importante peso político no Líbano -- mantêm uma série de confrontos desde 08 de outubro, na sequência dos ataques levados a cabo no dia anterior pelo grupo islamita Hamas contra o território israelita.
As tensões têm aumentado nas últimas semanas e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avisou na semana passada que o Exército israelita "está preparado para uma ação muito poderosa" na fronteira com o Líbano.
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