Venezuela encerra embaixada e consulados no Equador

O governo venezuelano retirou hoje o pessoal diplomático da embaixada e de dois consulados no Equador, em retaliação pela recente detenção do ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas dentro da embaixada no México.

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Lusa
16/04/2024 19:45 ‧ 16/04/2024 por Lusa

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Venezuela

A medida foi anunciada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante uma videoconferência com a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).

"Perante este ato aberrante de arrogância do Presidente [Daniel] Noboa, ordenei o encerramento da nossa embaixada no Equador, o encerramento do consulado em Quito, o encerramento imediato do consulado em Guayaquil e o regresso imediato do pessoal diplomático à Venezuela", disse.

Agentes da polícia equatoriana invadiram em 05 de abril as instalações da Embaixada do México no Equador, para deter o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, alvo de um mandado de captura por alegado desvio de fundos.

Glas refugiou-se na embaixada do México a 17 de dezembro, antes de a justiça equatoriana se pronunciar sobre a responsabilidade num processo, ainda em curso, sobre desvio de fundos destinados à reconstrução de cidades devastadas por um terramoto em 2016.

A invasão da embaixada mexicana no Equador levou à quebra das relações diplomáticas entre México e Equador e a um protesto internacional.

Hoje, Maduro disse ainda apoiar a expulsão do Equador da Organização das Nações Unidas, até que seja apresentado um pedido de desculpas à comunidade internacional e se restitua a situação ao estado legal original.

O Presidente da Venezuela sublinhou que Glas deve ser restituído à embaixada mexicana e que o Equador deve reconhecer-lhe o asilo político e permitir que viaje para o México para "recuperar a sua saúde física das torturas" sofridas.

Maduro considerou um "ato de barbárie, condenado por todo o mundo", o "assaltar o território do México, a sua embaixada, de espancar e agredir o seu pessoal diplomático perante o mundo, em direto nas redes sociais, de capturar, amarrar e torturar" Glas.

Maduro instou Daniel Novoa a "assumir a sua responsabilidade perante o Equador, a região e o mundo" e questionou o porquê ainda "não deu a cara".

O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yvan Gil, disse na rede X ter recebido "instruções do Presidente Nicolás Maduro para iniciar ações de apoio à proposta do México de solicitar a expulsão do Equador da ONU, assim como da sua ação judicial perante o Tribunal Internacional de Justiça".

Leia Também: Detido ativista venezuelano alegadamente ligado a plano para matar Maduro

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