Agentes da polícia equatoriana invadiram a 05 de abril as instalações da representação diplomática mexicana para retirar Glas, alvo de um mandado de captura por alegado desvio de fundos.
O caso foi apresentado ao Tribunal Nacional de Justiça (CNJ), a mais alta instância judicial do país, pelo ex-vice-presidente.
Durante a audiência, o tribunal reconheceu o caráter ilegal e arbitrário da detenção de Glas, a quem o México tinha acabado de conceder asilo.
O tribunal baseou-se no facto de não ter sido emitido qualquer mandado de busca para autorizar a polícia a entrar no complexo diplomático.
No entanto, o CNJ decidiu que Jorge Glas deve permanecer numa prisão de alta segurança em Guayaquil (sudoeste), para cumprir condenações anteriores em dois outros casos de corrupção.
Além disso, o ex-vice-presidente refugiou-se na embaixada do México a 17 de dezembro, antes de a justiça equatoriana se pronunciar sobre a responsabilidade num processo, ainda em curso, de desvio de fundos destinados à reconstrução de cidades devastadas por um terramoto em 2016, informou a agência de notícias France-Presse.
A invasão da embaixada mexicana no Equador levou à quebra das relações diplomáticas entre a Cidade do México e Quito e a um protesto internacional.
Leia Também: ONU diz que eventual expulsão do Equador depende de Estados-membros