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António Costa foi uma "fonte de esperança" para todos os progressistas
A presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, considerou hoje que o Governo de António Costa foi uma "fonte de esperança" para todos os progressistas que perceberam que havia alternativa à austeridade e à política do "todos contra todos".
© Getty Images
Mundo António Costa
Em breves palavras antes de um concerto comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril, que decorreu na Câmara de Paris, a socialista Anne Hidalgo não poupou nas palavras para elogiar António Costa, desde o seu percurso na autarquia de Lisboa, até à chefia do Governo e às provas dadas junto dos seus congéneres europeus.
"A vida política é dura, é como é, é feita de vitórias e de derrotas, mas no teu governo houve qualquer coisa de excecional para muitos dos progressistas na Europa", assinalou Anne Hidalgo, que completa este ano uma década à frente da autarquia parisiense.
Para Hidalgo, Costa soube demonstrar que se pode conduzir uma política de exemplo para a Europa, mesmo estando na periferia do continente, provar que é possível recusar uma situação de "todos contra todos", de austeridade, e ao mesmo tempo, deixar uma marca de liderança.
"Para muitos que sonham com este tipo de alternativa é qualquer coisa que resta como balanço", mas também como "fonte de esperança para muitos de que há uma alternativa possível", disse Hidalgo, agradecendo a Costa o seu contributo para a Europa.
A autarca de Paris admitiu ter sido inspirada por António Costa, já no tempo que presidiu à Câmara de Lisboa, pondo em prática muitas das políticas municipais já executadas em Lisboa.
"Fui procurar em ti a tua experiência, a tua benevolência, a tua visão política e muitas, muitas soluções que pus em prática aqui em Paris", declarou.
Anne Hidalgo lembrou o Euro2016 e os festejos em Paris, que davam a ideia de que tinha sido a França a ganhar o campeonato de futebol.
Costa e Hidalgo assistiram a um concerto franco-português, comemorativo da Revolução dos Cravos, pela Orquestra Parisiense Centenária "Colonne", dirigida pelo maestro Cesário Costa, com muitas músicas de intervenção que marcaram o período revolucionário, como o Grandôla Vila Morena, de Zeca Afonso, E Depois do Adeus, de Paulo de Carvalho, ou mesmo Um Cheirinho de Alecrim, de Chico Buarque.
Antes o primeiro-ministro português e a autarca parisiense estiveram reunidos cerca de meia hora.
Leia Também: "Útil" e "bom humor". Despedida de Costa em Bruxelas (com 'farpas' à PGR)
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