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Autoridades de Gaza criticam corredor marítimo entre Chipre e enclave

As autoridades da Faixa de Gaza, um enclave palestiniano controlado pelo Hamas, apelaram hoje à comunidade internacional para repensar a viabilidade do corredor marítimo aberto a partir de Chipre e manifestaram dúvidas sobre o mecanismo.

Autoridades de Gaza criticam corredor marítimo entre Chipre e enclave
Notícias ao Minuto

13:11 - 13/03/24 por Lusa

Mundo Israel

O apelo foi feito numa altura em que um primeiro navio, da organização não-governamental (ONG) espanhola Open Arms, navega desde terça-feira em direção a Gaza.

"De acordo com o que foi anunciado, a carga do navio não é mais do que um ou dois camiões e vai demorar dias a chegar", disse o porta-voz das autoridades de Gaza, Salama Maaruf.

O porta-voz referiu que não se sabe onde o navio irá atracar nem como chegará à costa de Gaza, segundo a agência espanhola Europa Press.

"Além disso, será sujeito a inspeção pelo exército de ocupação", afirmou, referindo-se a Israel.

Maaruf defendeu que a viabilidade do mecanismo deve ser reconsiderada e que a comunidade internacional deve pressionar Israel a permitir a entrada de ajuda humanitária por via terrestre.

"Os esforços de ajuda são fracos e estão abaixo do mínimo necessário face à catástrofe que atinge o povo palestiniano, especialmente no norte de Gaza, onde mais de 700 mil pessoas sofrem de uma clara guerra de fome", declarou.

Maaruf defendeu que a comunidade internacional "deve agir com urgência, antes que seja tarde demais, para salvar aqueles que estão a morrer de fome".

"A melhor maneira de o fazer é operar as passagens terrestres de forma a permitir a entrada de milhares de camiões de ajuda que estão à espera no lado egípcio da passagem de Rafah devido à recusa da ocupação", insistiu.

O navio que partiu de Chipre transporta 200 toneladas de alimentos, no primeiro carregamento deste tipo no âmbito da chamada operação "Amalthea" para estabelecer um corredor marítimo humanitário com o enclave palestiniano.

As Nações Unidas e várias ONG têm denunciado as extensas restrições impostas por Israel à entrega de ajuda humanitária a Gaza.

O território palestiniano está a ser alvo de uma ofensiva militar israelita desde que o Hamas atacou Israel em 07 de outubro de 2023, causando cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns.

As autoridades de Gaza elevaram hoje o balanço dos ataques israelitas para 31.272 mortos.

A intervenção israelita provocou também a destruição de muitas infraestruturas do enclave, incluindo na área da saúde.

O Hamas, um grupo extremista que controla Gaza desde 2007, é considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

Desde 2007, os palestinianos vivem sob dois governos rivais, o do Hamas, em Gaza, e o da Autoridade Palestiniana, que detém partes da Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.

Segundo a ONU, cerca de 700.000 colonos vivem em quase três centenas de colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em terras reclamadas pela Palestina.

Leia Também: Alemanha "participará" na entrega de ajuda humanitária para Gaza

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