Meteorologia

  • 20 MAIO 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 20º

Da granada à asfixia. Que sequestros marcaram o Rio nos últimos anos?

Após as três horas de sequestro num autocarro, que não fez vítimas mortais, a imprensa brasileira recordou vários casos que têm vindo a acontecer no Rio de Janeiro ao longo dos últimos anos. Um destes casos inspirou mesmo a indústria cinematográfica, que fez, pelo menos, dois filmes.

Da granada à asfixia. Que sequestros marcaram o Rio nos últimos anos?
Notícias ao Minuto

10:03 - 13/03/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Brasil

O sequestro de 17 pessoas que seguiam num autocarro ‘parou’ o Rio de Janeiro, no Brasil, durante três horas, na tarde de terça-feira.

Tudo começou quando o sequestrador terá entrado no veículo e confundido um dos passageiros com um agente. De acordo com as autoridades, o homem, Paulo Sérgio, entrou no autocarro dias depois de ter baleado um homem que fazia parte de uma fação criminosa. Tinha planeado esconder-se em casa de familiares já no estado de Minas Gerais, mas no local onde aconteceu o sequestro, numa rodoviária, pensou que estava rodeado de agentes – o que acabou mesmo por se concretizar.

Não houve vítimas mortais a registar e o homem acabou mesmo por se entregar às autoridades. O caos instalado foi registado e partilhado nas redes sociais.

Mas esta não é a primeira história de sequestros em autocarros – e não só – no Rio de Janeiro, com a ‘cidade maravilhosa’ a ser palco de violência e criminalidade.

Rio. Sequestrador já tinha sido condenado por assaltar autocarro em 2019

Paulo Sergio foi condenado a oito anos de prisão pelo roubo, mas em 2022 já estava na rua em regime semiaberto.

Notícias ao Minuto | 23:05 - 12/03/2024

Mas que outros casos são estes?

Ônibus 174

Um dos sequestros mais famosos ficou conhecido como o caso do Ônibus 174, em 2020. A situação foi inspiração foi inspiração para dois filmes, 'Ônibus 174' e a 'Última parada 174', depois da grande repercussão que teve na televisão.

Tudo começou quando o assaltante, Sandro Barbosa do Nascimento, abordou duas passageiras que saiam do autocarro. O sequestro, que fez dez pessoas reféns, durou cerca de quatro horas. A polícia tentou ainda disparar contra o homem durante a ação, mas durante a troca de tiros foi uma das passageiras quem morreu.

O homem acabou por sair do autocarro e ser levado pelos agentes, mas, tal como recorda a imprensa brasileira, o homem acabou por morrer antes de chegar à esquadra. Foram feitas investigação, que concluíram que foi a Polícia Militar que provocou a morte do homem, por asfixia.

Avenida Presidente Vargas - 2011

Em 2011, três homens entraram num autocarro na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro, e fizeram os passageiros reféns durante cerca de uma hora. 

Num primeiro momento, um dos suspeitos saiu do veículo e, enquanto tentava fugir, trocou alguns tiros com as autoridades. Depois, os outros dois suspeitos entregaram-se à polícia - um deles carregava uma granada.

Durante as negociações, quatro pessoas foram baleadas - duas passageiras, um agente e uma pessoa que passava no local. Os onze passageiros acabaram, no entanto, por escapar ilesos.

Ponte Rio-Niterói – 2019

Este caso esteve em suspenso durante cerca de três horas, quando, na Ponte Rio-Neterói, que liga o Rio de Janeiro a Niterói, um homem fez 39 reféns. Durante o período do sequestro, houve seis pessoas que chegaram a ser libertadas, enquanto as negociações decorriam. O responsável, Willian Augusto da Silva, chegou a ameaçar que incendiava o veículo com as pessoas no seu interior e usou ainda uma arma de brincar.

Os reféns referiram que viram o combustível e uma arma de choque nas mãos do sequestrador. No final, Augusto da Silva foi morto por agentes, após descer do autocarro. O então governador do rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi mesmo filmado a chegar ao local e a comemorar a morte do homem, de acordo com o que recorda a imprensa brasileira.

Leia Também: Homem faz vários reféns num autocarro no Rio de Janeiro. Há 2 feridos

Recomendados para si

;
Campo obrigatório