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Rússia contesta acusações dos Estados Unidos
A Rússia contestou hoje as acusações norte-americanas que atribuem aos rebeldes pró-russos a responsabilidade pelo derrube do avião das linhas aéreas malaias no leste da Ucrânia, alegadamente abatido por um míssil.
© Lusa
Mundo MH17
"Os comunicados dos representantes da administração americana são uma prova da perceção profundamente aberrante de Washington sobre o que se passa na Ucrânia", declarou às agências noticiosas russas o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Riabkov.
"Apesar do caráter evidente e indiscutível dos argumentos fornecidos pelos rebeldes e por Moscovo, a administração americana continua a perseguir os seus próprios objetivos", acrescentou.
Em comunicado, o ministério russo dos Negócios Estrangeiros também exprimiu "perplexidade ao ver representantes oficiais de certos Estados a apressarem-se em fornecer as suas versões da catástrofe, influindo assim no prosseguimento do processo".
Na sexta-feira, o Presidente dos EUA Barack Obama afirmou que o avião das linhas aéreas da Malásia, que se despenhou quinta-feira no leste da Ucrânia, provocando 298 mortos, foi abatido por um míssil disparado a partir de uma zona controlada por separatistas pró-russos, enquanto continuam a ser emitidas acusações mútuas por Kiev e pelos rebeldes que controlam parte do leste do país.
"Mesmo antes do início do inquérito sobre a catástrofe, a Casa Branca já estabeleceu claramente quem é culpado", escreveu na sua conta Twitter o vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozine.
O diário Moskovski Komsomolets citava hoje um especialista militar que assegura a incapacidade dos rebeldes federalistas russófonos em utilizar um sistema da complexidade do míssil Buk, suspeito de ser a arma na origem da tragédia.
O jornal Komersant adiantava por sua vez que os estragos provocados pelo míssil no avião são semelhantes aos registados por um avião comercial russo atingido por erro por um míssil do exército ucraniano em 2001, e que provocou na ocasião a morte de 78 passageiros.
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