Governadora dos EUA inaugura gabinete comercial em Taiwan

A governadora do estado norte-americano de Michigan, Gretchen Whitmer, reuniu-se hoje com a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, em Taipé, um dia depois de ter anunciado a abertura de um gabinete comercial na ilha.

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Lusa
05/03/2024 07:17 ‧ 05/03/2024 por Lusa

Mundo

Gretchen Whitmer

"Acredito que, através da criação deste gabinete, as ligações económicas e culturais entre Taiwan e Michigan podem ser reforçadas", disse a responsável democrata norte-americana, em Taipé.

A governadora, que já se tinha deslocado à ilha em setembro do ano passado, anunciou a abertura de um gabinete comercial do Michigan em Taiwan, uma medida que, disse, vai "impulsionar ainda mais as relações económicas e comerciais" entre as duas partes.

"A indústria automóvel e a investigação em semicondutores e microeletrónica do Michigan podem trabalhar em estreita colaboração com as cadeias de abastecimento de semicondutores e de veículos elétricos de Taiwan para estabelecer uma cadeia de abastecimento segura", afirmou Tsai.

O Michigan é um dos centros da indústria automóvel dos EUA e muitos fabricantes taiwaneses aumentaram os investimentos no estado nos últimos anos, de acordo com um comunicado divulgado pelo Gabinete de Tsai Ing-wen.

No ano passado, Taiwan e Michigan assinaram um memorando para reforçar a cooperação industrial e académica e aprofundar as relações bilaterais em áreas como os semicondutores, veículos elétricos e a inteligência artificial.

As visitas de representantes dos EUA a Taiwan têm sido constantes nos últimos dois anos e continuaram mesmo depois da crise entre Pequim e Washington provocada pela viagem a Taipé, em agosto de 2022, da então presidente da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi, que enfureceu a China.

China e Taiwan vivem autonomamente desde 1949, quando o governo nacionalista da então República da China se refugiou na ilha no rescaldo da vitória do Partido Comunista Chinês na guerra civil.

O regime de Pequim considera Taiwan uma província rebelde e ameaça tomá-la pela força, se a ilha, com cerca de 24 milhões de habitantes, declarar formalmente a independência.

Leia Também: Coreia do Norte acusa: Sul e EUA querem intimidar com exercício militar

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