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Diplomacia europeia chama encarregado de negócios russo

O Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) convocou hoje o encarregado de negócios russo junto da União Europeia (UE), a quem transmitiu "a indignação" pela morte do opositor russo Alexei Navalny, pela qual responsabilizou o Presidente Vladimir Putin.

Diplomacia europeia chama encarregado de negócios russo
Notícias ao Minuto

18:20 - 20/02/24 por Lusa

Mundo Alexei Navalny

Em comunicado, o serviço responsável pela diplomacia europeia indica que o diretor-geral do SEAE para a Europa Oriental, Rússia, Ásia Central, Cooperação Regional e OSCE, Michael Siebert, manifestou a Kirill Logvinov "indignação" com a morte de Navalny, "cuja responsabilidade última cabe ao Presidente Putin e às autoridades russas".

A UE apelou à Rússia para que autorize uma "investigação internacional independente e transparente" sobre as circunstâncias da morte súbita de Alexei Navalny, exortando Moscovo a entregar o corpo do líder da oposição russa à sua família "sem mais demoras" e a permitir que a família organize um funeral.

Durante a convocação do diplomata russo, acrescenta a nota da diplomacia europeia, Michael Siebert reiterou que Moscovo deve libertar "imediata e incondicionalmente" todos os outros presos políticos, bem como as mais de 400 pessoas detidas em cidades de toda a Rússia, durante ações de homenagem a Alexei Navalny.

Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros belga convocou o embaixador russo em Bruxelas nesta terça-feira, a quem pediu uma investigação independente para esclarecer as causas da morte de Navalny, segundo um comunicado.

A diplomacia belga considera que o sistema prisional é responsável pela saúde dos prisioneiros e que, no caso de Navalny, não assumiu a responsabilidade pela sua saúde.

"Alexei Navalny era um símbolo da resistência russa à repressão e à ditadura. A sua morte recorda-nos, uma vez mais, até que ponto o autoritarismo do Presidente russo, Vladimir Putin, ameaça a paz, a liberdade e a prosperidade, não só na Rússia e na Ucrânia, mas em toda a Europa", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros belga, Hadja Lahbib, citada na nota.

"A luta de Navalny não será em vão", prometeu.

Na reunião com o embaixador, a Bélgica apelou também à libertação das mais de 400 pessoas que "expressaram pacificamente a sua simpatia e condolências após a morte de Navalny".

Entretanto, Roma juntou-se a outras capitais europeias a adotar esta medida diplomática, com a diplomacia italiana a convocar o embaixador Alexei Paramonov, segundo fontes diplomáticas citada pela agência de notícias italiana ANSA.

Alexei Navalny, um dos principais opositores do Presidente russo, morreu a 16 de fevereiro, aos 47 anos, numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.

Os serviços penitenciários da Rússia indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.

Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam Vladimir Putin pela sua morte.

As autoridades russas transmitiram aos próximos de Navalny que será realizada uma "perícia química" ao seu corpo durante pelo menos 14 dias, antes de o entregar à família.

[Notícia atualizada às 19h10]

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