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ONU discutirá formas de aumentar "proteção" dos funcionários no terreno

O secretário-geral da ONU, António Guterres, admitiu hoje à Lusa que as Nações Unidas estão a discutir formas de aumentar a proteção dos seus funcionários no terreno, após um número recorde de trabalhadores humanitários terem sido mortos em 2023.

ONU discutirá formas de aumentar "proteção" dos funcionários no terreno
Notícias ao Minuto

22:17 - 08/02/24 por Lusa

Mundo António Guterres

Questionado pela Lusa sobre se a ONU desenhará uma estratégia para melhor proteger os seus trabalhadores no terreno, Guterres respondeu, numa conferência de imprensa em Nova Iorque, que a Organização terá "uma reunião exatamente com esse objetivo em mente".

Salientando que há diferentes situações no terreno, nomeadamente entre missões de manutenção de paz, missões de "imposição de paz", "que resultam em mais mortes" porque decorrem em locais "onde não existe paz", e missões humanitárias, Guterres sublinhou que a maior preocupação é com os trabalhadores humanitários.

"Uma série de medidas significativas têm sido adotadas em prol das condições de trabalho e segurança para as nossas forças de manutenção de paz. Tem havido algum sucesso, tivemos uma diminuição significativa do número de mortes entre esses trabalhadores, mas a nossa maior preocupação é com os trabalhadores humanitários", afirmou.

"Temos de fortalecer o nosso serviço de segurança para eles e temos de fortalecer a coordenação dos serviços de segurança com outras agências, não apenas em relação a proteção direta, mas também no trabalho de bastidores para tentar criar condições de segurança", não apenas para os trabalhadores humanitários da ONU, mas também para funcionários de organizações não-governamentais que trabalham com as Nações Unidas, salientou Guterres.

A guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas em Gaza, iniciada em 07 de outubro passado, resultou na morte de mais de 150 trabalhadores da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), um número recorde que tem levado a acusações de que Israel está deliberadamente a visar funcionários da ONU nos seus ataques.

"Os trabalhadores humanitários estão a salvar vidas e a aliviar o sofrimento em todo o mundo. Presto homenagem aos seus esforços heroicos e aos trabalhadores humanitários que pagaram o preço final, mais recentemente e tragicamente em Gaza", disse Guterres na quarta-feira, ao apresentar as suas prioridades para 2024 perante a Assembleia-Geral da ONU.

A UNRWA tem cerca de 13 mil funcionários na Faixa de Gaza, mas um grande número são professores ou médicos, não diretamente envolvidos na ajuda humanitária.

Leia Também: Guterres perplexo com vítimas e destruição de "operação" israelita em Gaza

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