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Iraque quer agenda de trabalho da coligação liderada pelos EUA

O Presidente iraquiano pediu hoje a "criação de uma agenda de trabalho específica" para a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos da América, após trocas de ataques entre as forças desta aliança militar e grupos de milícias iraquianas pró-governamentais.

Iraque quer agenda de trabalho da coligação liderada pelos EUA
Notícias ao Minuto

16:38 - 09/01/24 por Lusa

Mundo Iraque

Abdul Latif Rashid fez este pedido durante um encontro na capital iraquiana, Bagdad, com a embaixadora dos Estados Unidos da América (EUA), Alina Romanowski, a quem recordou que a coligação internacional está presente no Iraque para apoiar, formar e aconselhar as forças iraquianas, segundo um comunicado da Presidência iraquiana.

"É importante criar uma agenda de trabalho específica", afirmou Rashid, depois de o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Sudani, ter anunciado na semana passada a criação de um comité bilateral para planear a retirada das forças da coligação internacional.

Após a retirada das tropas norte-americanas em 2011, as forças dos EUA regressaram ao país árabe em 2014, no âmbito da aliança e a pedido do Governo iraquiano, para fazer face à ameaça representada pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

Mas após a derrota territorial desta organização 'jihadista' em 2017, as tropas da aliança adotaram um papel de aconselhamento e formação das forças iraquianas. Uma permanência que tem sido no entanto questionada, na sequência de uma série de ações que aumentaram as tensões nos últimos anos.

A primeira delas foi o assassinato, em 2020, do influente comandante iraniano Qasem Soleimani pelos EUA em Bagdad, provocando a ira das milícias iraquianas pró-iranianas, que exigiram a saída imediata das tropas norte-americanas, o que não se concretizou.

Da mesma forma, desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, há três meses, estas milícias lançaram uma centena de ataques contra posições norte-americanas no Iraque e na Síria, aos quais Washington respondeu com bombardeamentos seletivos contra estes grupos armados, que estão de facto integrados nas Forças Armadas iraquianas.

A última ação foi contra um quartel-general de uma milícia no leste de Bagdad, matando três combatentes, o que o Exército iraquiano descreveu como um ataque "não diferente dos atos terroristas".

Nesse sentido, a embaixadora norte-americana transmitiu a Rashid a necessidade de "fortalecer as relações e a coordenação" entre Washington e Bagdad, ao mesmo tempo em que assegurou que o seu país procura "segurança e estabilidade na região", segundo a mesma nota informativa da Presidência iraquiana.

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