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Primeira-ministra do Bangladesh ganha eleições e obtém quinto mandato

A primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, venceu as eleições realizadas hoje, proclamou a Comissão Eleitoral Nacional, confirmando as primeiras projeções da imprensa.

Primeira-ministra do Bangladesh ganha eleições e obtém quinto mandato
Notícias ao Minuto

17:33 - 07/01/24 por Lusa

Mundo Bangladesh

O partido de Hasina, a Liga Awami, e os seus aliados conquistaram pelo menos 60% dos lugares no parlamento, depois de terem sido anunciados os resultados para 225 dos 300 lugares, segundo a Somoy TV, o maior canal de televisão privado do país.

Com esta vitória, Sheikh Hasina, que está no poder desde 2009, ganha um quinto mandato em eleições que foram boicotadas pela principal formação da oposição, o Partido Nacionalista do Bangladesh (BNP, na sigla em inglês).

Embora Hasina seja responsável por um crescimento meteórico no oitavo país mais populoso do mundo, outrora assolado por uma pobreza extrema, o seu governo é acusado de graves violações dos direitos humanos e de uma repressão implacável da oposição.

Depois de ter votado em Daca, Sheikh Hasina, 76 anos, apelou aos eleitores para que fossem às urnas, prometendo eleições "livres e justas".

A primeira-minstra denunciou igualmente o boicote eleitoral pelo BNP, que qualificou de "organização terrorista".

O BNP, por seu lado, denunciou "uma eleição fictícia". A votação foi também boicotada por outros partidos, como o próprio, dizimado nos últimos meses por detenções em massa.

Entre os eleitos pelo partido no poder encontra-se Shakib Al Hasan, capitão da equipa nacional de críquete, o desporto-rei do país, segundo os meios de comunicação social.

A Liga Awami não teve praticamente adversários nos círculos eleitorais em concorreu e absteve-se de apresentar candidatos nalguns círculos, numa aparente tentativa de evitar que o parlamento seja visto como instrumento de um único partido.

O BNP e outros partidos manifestaram-se durante meses, sem sucesso, no final de 2023, para exigir a demissão de Hasina e um governo interino neutro para supervisionar as eleições.

Cerca de 25 mil quadros da oposição, incluindo todos os dirigentes locais do BNP, foram detidos após estas manifestações, durante as quais várias pessoas foram mortas em confrontos com a polícia, segundo o partido.

O governo admite apenas 11 mil detenções.

Cerca de 700 mil polícias e reservistas foram destacados para manter a ordem durante as eleições e cerca de 100 mil soldados, segundo a comissão eleitoral.

As forças de segurança do Bangladesh são há muito acusadas de uso excessivo da força, uma acusação que o governo nega.

Desde o seu regresso ao poder, em 2009, Hasina reforçou o seu controlo do poder após duas eleições marcadas por irregularidades e acusações de fraude.

A sua popularidade foi durante muito tempo sustentada pelos êxitos económicos alcançados, mas, recentemente, as dificuldades multiplicaram-se, com a subida dos preços e generalizados cortes de eletricidade.

[Notícia atualizada às 18h17]

Leia Também: Arrancam eleições no Bangladesh e Governo chama "terrorista" a oposição

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