A animosidade entre o antigo presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o ator Robert De Niro não é uma novidade, contudo, parece ter novos capítulos.
Depois de, durante um discurso de premiação, na semana passada, De Niro ter deixado críticas ao republicano, Trump decidiu agora responder ao ator, de 80 anos, com duras palavras.
"De Niro deveria concentrar-se na sua vida, que é uma confusão, e não na vida dos outros. Tornou-se num total perdedor, enquanto o mundo observa, espera e ri", escreveu Trump na sua rede social, a Truth Social, no domingo.
Na mesma publicação, fez ainda referência ao facto de o ator ter usado um teleponto durante o discurso. "Robert De Niro, cujos talentos de atuação diminuíram muito, com a reputação agora abalada, deve até usar um teleponto para a sua linguagem chula e repugnante, tão desrespeitosa com o nosso país".
Mas Trump 'dormiu mesmo sobre o assunto' e esta segunda-feira voltou à carga. "Robert De Niro é um 'anão mental' cuja mente está baleada e cuja vida é um desastre total. Muito parecido com o torto Joe Biden, ele não consegue juntar duas frases. A boa notícia é que este 'animal' grosseiro e muito estúpido perdeu toda a credibilidade", rematou.
De realçar que, na segunda-feira passada, Robert De Niro subiu ao palco dos prémios Gotham, para apresentar uma distinção atribuída a Martin Scorsese e a Lily Gladstone pelo filme 'Assassinos da Lua das Flores' e acusou os organizadores de censurarem o seu discurso, tendo cortado os comentários nos quais criticava Trump.
Ao ler o discurso no teleponto, confuso, explicou: "O início do meu discurso foi editado, cortado", disse. "Eu não sabia disso. E quero ler", acrescentou, pegando no telemóvel para ler o texto original.
"A história não é mais história", começou o ator. "A verdade já não é a verdade. Até os factos estão a ser substituídos por factos alternativos e impulsionados por teorias da conspiração e fealdades", atirou.
"A mentira tornou-se apenas mais uma ferramenta no arsenal dos charlatões. O antigo presidente mentiu-nos mais de 30 mil vezes durante os seus quatro anos de mandato e continua a fazê-lo na sua atual campanha de retaliação. Mas com todas as suas mentiras, ele não consegue esconder a sua alma. Ele ataca os fracos, destrói os dons da natureza e mostra desrespeito, por exemplo, ao usar Pocahontas como uma calúnia”, disse, numa referência à alcunha que Trump atribuiu à senadora Elizabeth Warren.
Por fim, De Niro nota que era suposto agradecer aos prémios Gotham e à Apple por terem contribuído para a produção de 'Assassinos da Lua das Flores', no qual participa, mas deixa claro que não lhe "apetece", "pelo que fizeram".
"Como é que eles se atrevem a fazer isso [de cortar o discurso]?”, questionou, levando o público a apupar a organização.
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