"Pedimos à Índia e ao Paquistão a máxima contenção. Uma nova escalada militar coloca a estabilidade regional em sério risco. Estamos profundamente preocupados com a segurança dos civis de ambos os lados", lê-se num comunicado conjunto dos ministérios de Itália, Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e da Alta Representante da União Europeia.
O grupo de países mais industrializados do mundo apelou ainda para "o diálogo direto" entre as duas potências nucleares, "com vista a uma saída pacífica".
"Continuamos a acompanhar de perto os acontecimentos e manifestamos o nosso apoio a uma resolução diplomática rápida e duradoura", concluiu-se na mensagem.
A crise entre as duas potências nucleares, desencadeada por um ataque terrorista mortal em 22 de abril que matou um grupo de turistas na Caxemira administrada pela Índia, tem vindo a agravar-se nas últimas semanas, tendo aumentado, na quarta-feira, com o bombardeamento, por Nova Deli, de bases terroristas suspeitas em território paquistanês.
O Paquistão respondeu esta madrugada com um ataque de mísseis contra várias instalações militares indianas no norte do país.
Pelo menos 82 pessoas morreram desde o início do conflito. A Índia registou 49 mortes, incluindo os 26 turistas indianos que perderam a vida no ataque terrorista.
Do lado paquistanês, o número de mortos é de 33, com mais 62 feridos, incluindo 14 soldados.
Os ataques entre os dois países aprofundam décadas de tensão e conflito, em especial no que respeita à disputada região de Caxemira.
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