Eitan Yahalomi, de 12 anos, foi libertado a 27 de novembro como parte de um acordo de cessar-fogo temporário negociado pelo Qatar e pelos Estados Unidos entre o Hamas e Israel.
Estava desde dia 7 de outubro em Gaza, para onde foi levado, de mota, pelo movimento islamita. O pai, Ohad, que também terá sido levado, continua presumivelmente cativo em Gaza.
Eitan - que foi libertado com uma camisola de Cristiano Ronaldo - foi descrito pela mãe, Batsheva Yahalomi, numa das conferências, como uma criança muito sensível. Conhecido como 'Tantan' ou 'Touni' pela sua família, é um fã dedicado do Manchester City e adora futebol. Esta é a história da sua captura, revelada pelo Times of Israel.
O menino vivia no Kibutz Nir Oz com a família - pai, mãe e duas irmãs. Durante os ataques na manhã de dia 7, a família de cinco pessoas agachou-se num dos quartos da casa até que o pai, ao perceber que o Hamas estava perto, se colocou do lado exterior da porta.
A fechadura não estava a fechar corretamente e Ohad decidiu proteger a família. Quando os homens armados do Hamas entraram na casa, Ohad foi baleado. Os homens armados então apressaram a mãe, Yahalomi e as três crianças para fora de casa e para as motas em que se deslocavam.
Yahalomi, Yael, de 10 anos, e uma criança de quase dois anos foram numa mota com um membro do grupo islamita enquanto Eitan, de 12 anos, e um outro refém não relacionado com a família, iam noutra.
Nelas, dirigiram-se para Gaza, mas no caminho cruzaram-se com dois tanques das forças israelitas. Neste momento, as duas motas seguiram caminhos diferentes, levando a que a mãe perdesse o filho de vista.
Em algum momento, Yahalomi e as duas filhas conseguiram fugir. Contudo, a família tinha perdido o rasto a Eitan e Ohad. Eitan, soube-se mais tarde, estaria refém. Sobre o pai, presume-se que também o esteja, mas sem confirmação.
“No Kibutz, passámos por um pogrom [movimento popular violento organizado contra uma comunidade, em especial uma comunidade judaica]", disse Yahalomi. “Sonhamos com a paz com Gaza e houve famílias inteiras e bebés mortos", lamentou a mãe numa conferência de imprensa.
Tal como Erez e Sahan Calderon - os filhos de pai português - o jovem foi libertado por ter também nacionalidade francesa.
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