Níger. ONU "lamenta profundamente" ordem de expulsão da sua representante
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, "lamenta profundamente" a ordem do regime militar para expulsar a coordenadora da ONU no Níger, o que vai "dificultar" as operações humanitárias, disse hoje o seu porta-voz.
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Mundo Níger
A expulsão de Louise Aubin, pedida num prazo de 72 horas pelo regime militar saído do golpe de Estado em 26 de julho passado, "vai prejudicar a capacidade da ONU de cumprir o seu mandato e perturbar o trabalho essencial" no Níger, onde 4,3 milhões de pessoas "precisam de ajuda humanitária", insistiu Stéphane Dujarric.
O porta-voz de Guterres acrescentou que a ordem de expulsão é contrária às regras internacionais aplicáveis aos representantes da ONU.
O anúncio da expulsão consta de um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros nigerino divulgado hoje.
"O motivo desta decisão foram os obstáculos colocados pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, com vista a impedir a plena participação do Níger na 78.ª Assembleia Geral da organização, que se realizou em Nova Iorque, em setembro", lê-se no comunicado.
O regime militar já tinha denunciado as ações de António Guterres, que, segundo o executivo, visavam obstruir a participação do representante do Níger neste evento e "minar todos os esforços para pôr fim à crise".
Os militares no poder no Níger enviaram a Nova Iorque o seu novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Bakary Yaou Sangaré, que era o representante do país na ONU antes do golpe de Estado de julho e que não interveio na Assembleia Geral da ONU.
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