UE. Revisão do apoio palestiniano exclui suspensão da ajuda humanitária

A Comissão Europeia esclareceu hoje que vai haver uma revisão profunda da assistência financeira prestada à Palestina, sem incluir a suspensão da ajuda humanitária à população, mas os pagamentos podem ser alterados em função da avaliação feita.

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Lusa
09/10/2023 19:59 ‧ 09/10/2023 por Lusa

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Israel

"A Comissão condena inequivocamente o ataque terrorista perpetrado pelo Hamas contra Israel no fim de semana. Na sequência destes acontecimentos, a Comissão vai lançar hoje uma revisão urgente da assistência da União Europeia [UE] para a Palestina", refere um comunicado divulgado ao início da noite de hoje.

A Comissão Europeia esclareceu que, "com as devidas salvaguardas, o objetivo desta revisão é assegurar que a UE não está a financiar direta ou indiretamente qualquer organização terrorista para levar a cabo ataques contra Israel".

Bruxelas acrescentou que a revisão "não diz respeito à assistência humanitária providenciada pelas Operações Europeias de Proteção Civil e Ajuda Humanitária".

Na nota, a Comissão referiu que a evolução dos acontecimentos no terreno pode levar ao reajuste dos programas destinados à população palestiniana e à Autoridade Palestiniana, mas apenas depois da revisão dos projetos existentes e da coordenação com os Estados-membros.

"Entretanto, não há pagamentos previstos, não há a suspensão de pagamentos", explicitou o comunicado sem aprofundar esta parte.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português disse hoje desconhecer a base legal invocada pelo comissário para a Política de Vizinhança e Alargamento para anunciar a suspensão do apoio da União Europeia (UE) à população palestiniana.

Contactado pela Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu que "todas as decisões requerem base legal, desconhecendo-se qual a base legal invocada pelo comissário" húngaro Olivér Várhelyi.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

O mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava pelo menos 560 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza -- incluindo dezenas de menores e mulheres -- o que elevava para mais de 1.250 o total de mortes nos dois lados na sequência dos confrontos armados iniciados no sábado.

 

Leia Também: Acordos de Abraão e isolamento do Irão na base de conflito, diz analista

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