"Não é fácil encontrar palavras de conforto para as famílias que perderam entes queridos nesta guerra sem sentido. Imagino como é difícil para vós, que convivem diariamente com pessoas feridas no coração e no corpo", disse Leão XIV no encontro, citado pelo serviço de imprensa da Igreja Greco-Católica Ucraniana.
"Apesar disso, recebo inúmeros testemunhos de fé e esperança dos homens e mulheres do vosso povo. Este é um sinal do poder de Deus, que se manifesta no meio das ruínas da destruição", enfatizou no seu discurso perante membros do Sínodo dos Bispos.
Segundo o serviço de imprensa da igreja ucraniana e a Vatican News, o Papa Leão XIV recordou o seu encontro com peregrinos ucranianos no dia 28 de junho, durante a Peregrinação Jubilar da Igreja Greco-Católica Ucraniana à Basílica de São Pedro.
"É claro que, nas atuais circunstâncias históricas, não é fácil falar de esperança a vós e ao povo confiado aos vossos cuidados pastorais", sublinhou.
"Estou próximo de vós e, por meio de vós, de todos os fiéis da vossa Igreja. Permaneçamos unidos numa só fé e numa só esperança", enfatizou o Papa Leão XIV.
No final do encontro, o Pontífice observou que está a rezar para que a paz regressasse à Ucrânia o mais rapidamente possível.
O chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana, Sviatoslav, agradeceu ao Papa o apoio que demonstra constantemente para com o povo ucraniano.
Sviatoslav presenteou o Papa com um ícone de São Miguel Arcanjo, padroeiro de Kyiv, e entregou-lhe listas de prisioneiros e desaparecidos ucranianos.
No final da reunião, o chefe da Igreja Greco-Católica Ucraniana convidou o Papa Leão XIV a visitar a Ucrânia.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
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