Ataques russos ascendem aos 5.681 em 1 dia: mísseis, 'drones' e bombas

A Rússia efetuou 5.681 ataques contra a Ucrânia nas últimas 24 horas, com mísseis, 'drones' e bombardeamentos aéreos, segundo o Estado-Maior das Forças Armadas de Kyiv.

Kyiv, Ucrânia

© Aleksandr Gusev/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
02/07/2025 23:52 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

As forças russas realizaram um ataque com mísseis e 60 ataques aéreos, utilizando dois mísseis e 119 bombas aéreas guiadas, entre a manhã de terça-feira e hoje, adiantou a mesma fonte nas redes sociais.

 

 No total, refere, as tropas russas realizaram 5.681 ataques, incluindo também 108 com recurso a sistemas de lançamento múltiplo de 'rockets' (MLRS) e 2.674 'drones' kamikaze.

Os ataques aéreos russos atingiram as regiões de Sumy, Kharkiv, Dnipropetrovsk, Donetsk, Zaporijia e Kherson.

"Em resposta, as unidades aéreas e de artilharia da Ucrânia atacaram dez áreas de concentração de tropas e equipamento inimigo, bem como um alvo de elevado valor", referiu o Estado Maior ucraniano.

De acordo com a Procuradoria Regional de Kherson, citada pela agência Ukrinform, sete pessoas ficaram feridas nos bombardeamentos russos na região de Kherson durante o dia, tendo sido iniciada uma investigação preliminar sobre crimes de guerra.

De acordo com a investigação, o exército russo atacou povoações na região de Kherson com recurso a artilharia e 'drones'.

Ao final da tarde, sete pessoas ficaram feridas depois de terem sido atingidas por um bombardeamento russo na região de Kherson, adianta a Ukrinform.

Segundo os media ucranianos, durante o dia, como resultado do bombardeamento russo ao centro regional de Antonivka e Zmiivka com 'drones', mais seis civis ficaram feridos em diferentes graus.

Os media ucranianos referem ainda que na última noite as forças russas lançaram um ataque com 'drones' contra a comunidade urbana de Kramatorsk, utilizando cinco aparelhos kamikaze do tipo Shahed (Geran-2), resultando numa destruição generalizada, incluindo uma escola e 41 edifícios de apartamentos, sem vítimas registadas.

No terreno, adiantou o Estado Maior ucraniano, foram registados nas últimas 24 horas 171 confrontos entre as Forças de Defesa da Ucrânia e as tropas russas, tendo os combates mais intensos ocorrido no setor de Pokrovsk.  

O chefe da diplomacia ucraniana, Andriy Sybiga apelou hoje na rede social X aos aliados da Ucrânia para continuarem a investir na sua indústria de armamento, que, além das suas próprias capacidades, precisa de todo o apoio possível devido à "magnitude do terrorismo" da Rússia.

"Esta escala massiva de terrorismo demonstra a rejeição flagrante da Rússia aos esforços de paz liderados pelos Estados Unidos e o seu apelo para pôr fim aos assassínios como um primeiro passo em direção a uma solução pacífica", defendeu.

O ministro ucraniano lamentou que os "ataques russos incessantes" sejam dirigidos sobretudo contra instalações civis, incluindo escolas, hospitais e áreas residenciais, fazendo eco de um relatório das Nações Unidas que afirma que as vítimas civis aumentaram 37% nos últimos seis meses.

"Agora não é tempo de decisões fracas. É tempo de demonstrar força e enviar os sinais certos para Moscovo", disse ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que Washington e Kyiv estão a esclarecer a ajuda militar norte-americana, após o anúncio de que os Estados Unidos deixaram de fornecer determinadas armas.

"A Ucrânia e os Estados Unidos estão a esclarecer todos os pormenores relativos ao fornecimento de apoio à defesa, incluindo componentes de defesa aérea", disse Zelensky no seu discurso diário.

Por seu lado, Andriy Sybiga referiu que a Ucrânia está pronta para "comprar ou alugar" defesas antiaéreas para fazer face ao "grande número de drones, bombas e mísseis" lançados pela Rússia contra o país.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.  

Leia Também: Kyiv registou 5 mil drones russos em junho e pede mais defesa aéreas

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