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Von der Leyen critica concorrência de chineses "fortemente subsidiados"

A presidente da Comissão Europeia criticou hoje a concorrência de "atores estrangeiros fortemente subsidiados" na União Europeia (UE), numa alusão aos carros elétricos chineses vendidos mais baratos que os europeus, prometendo acabar com "práticas desleais".

Von der Leyen critica concorrência de chineses "fortemente subsidiados"
Notícias ao Minuto

11:55 - 26/09/23 por Lusa

Mundo UE

"No que respeita à concorrência desleal, as nossas empresas europeias enfrentam com demasiada frequência a concorrência de atores estrangeiros fortemente subsidiados. Pensemos na indústria automóvel. [...], mas, ao mesmo tempo, os mercados mundiais são inundados por carros elétricos chineses baratos e o seu preço é mantido artificialmente baixo graças a enormes subsídios estatais", declarou Ursula von der Leyen.

Intervindo na Cimeira sobre o Pacto Ecológico europeu, na capital checa, em Praga, a líder do executivo comunitário justificou que, por essa razão, a UE está a avançar com a investigação contra os subsídios aos veículos elétricos provenientes da China, anunciada em meados deste mês.

"As empresas europeias estarão sempre prontas para a verdadeira concorrência - a concorrência em termos de custo-eficácia e qualidade -, mas esta tem de ser justa e nós protegeremos as empresas europeias da concorrência desleal", prometeu.

Estas declarações de Ursula von der Leyen surgem quando termina a viagem do vice-presidente executivo da Comissão Europeia com a pasta do Comércio, Valdis Dombrovskis, à China, ocasião na qual o responsável pediu cooperação a Pequim na investigação aberta por Bruxelas sobre subvenções chinesas, alegadamente ilegais, ao setor dos carros elétricos, de acordo com fontes europeias.

De momento, existem tensões comerciais entre Bruxelas e Pequim, já que há duas semanas a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, anunciou a abertura da investigação, no seguimento da recolha de provas durante um ano por parte dos serviços da instituição.

No dia seguinte ao anúncio da investigação, a China manifestou "sérias preocupações e forte insatisfação", acusando a UE de "um flagrante ato de protecionismo em nome da concorrência leal".

Segundo dados da Comissão Europeia, os carros elétricos chineses, que entraram recentemente na UE, já representam 8% do mercado total, sendo 20% mais baratos face à concorrência europeia.

A China, que tem emergido como potência económica, tem avançado com uma robusta estratégia de investimento estatal, que a UE contesta por afetar a concorrência.

Em causa estão avultadas subvenções a empresas chinesas a investir no estrangeiro, principalmente em setores estratégicos.

Dados da Associação de Fabricantes de Automóveis da China indicam que as exportações de veículos elétricos pela China mais do que duplicaram (+110%), entre janeiro e agosto.

No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros elétricos -- mais do que em todos os outros países do mundo juntos. A dimensão do mercado chinês e fortes apoios estatais propiciaram a ascensão de marcas locais, incluindo a BYD, NIO ou Xpeng.

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