"Infantilismo político". Podolyak rejeita "falsos" acordos e pede armas

O responsável apelou para que os países "parem de mostrar infantilismo político" ao mencionar "possíveis 'formatos político-diplomáticos de resolução de conflitos'".

KYIV, UKRAINE - NOVEMBER 22, 2022 - Adviser to the head of the Office of the President of Ukraine Mykhailo Podolyak is pictured during an interview with the Ukrinform National News Agency, Kyiv, capital of Ukraine. (Photo credit should read Hennadii Minch

© Getty Images

Daniela Filipe
02/09/2023 16:28 ‧ 02/09/2023 por Daniela Filipe

Mundo

Ucrânia/Rússia

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, apelou para que os países “parem de mostrar infantilismo político” com “possíveis ‘formatos político-diplomáticos de resolução de conflitos’”, uma vez que, na sua ótica, a Rússia “deve necessariamente perder”. Para o efeito, apelou, novamente, ao fornecimento de armas à Ucrânia.

“Vou repetir. A Rússia não precisa de paz, acordos ou de guerra. A Rússia precisa de uma pausa operacional imediata, de falsas ‘negociações’ para ganhar uma posição nos territórios ocupados, reconstruir o exército, realizar a mobilização, organizar várias provocações assustadoras na Europa (reduzindo, assim, o apoio à Ucrânia ) e, o mais importante, preservar-se como a elite dominante na própria Rússia…”, escreveu o responsável, na rede social Twitter.

Nessa linha, Podolyak apelou para que os países “parem de mostrar infantilismo político” ao mencionar “possíveis ‘formatos político-diplomáticos de resolução de conflitos’”. Isto porque, argumentou, “não se trata de um conflito, mas sim de uma guerra em grande escala, onde o agressor deve necessariamente perder”.

A única garantia para a paz completa e a desescalada são armas, armas e mais armas para a Ucrânia. Essa é a realidade”, rematou.

De notar que Podolyak é um conhecido crítico de qualquer tipo de negociação entre a Ucrânia e o regime do presidente russo, considerando que qualquer conversação com Putin não traria paz, mas acumularia vítimas, ao representar a vitória de Putin.

Ainda assim, Podolyak indicou, noutra ocasião, que “a Ucrânia nunca se recusou a negociar”.

“A nossa posição de negociação é conhecida e aberta. Putin está pronto? Obviamente que não. Portanto, somos construtivos na nossa avaliação: falaremos com o próximo líder da [Rússia]”, disse, alertando que, para a porta das conversações ser aberta, a Rússia deverá retirar as suas tropas da Ucrânia.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.511 civis desde o início da guerra e 26.717 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Escalada devido a F-16? Podolyak rejeita e pede "decisões semelhantes"

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