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Japão pede à China que elimine fim das importações de produtos aquáticos

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, pediu hoje à China que "elimine imediatamente" a suspensão das importações de produtos de origem aquática do Japão, imposta após o início da descarga de águas residuais da central nuclear de Fukushima.

Japão pede à China que elimine fim das importações de produtos aquáticos
Notícias ao Minuto

14:37 - 24/08/23 por Lusa

Mundo Fukushima

"Apresentámos queixa à China, através dos canais diplomáticos. Pedimos que removam imediatamente as restrições comerciais", disse Kishida, numa conferência de imprensa.

A China suspendeu hoje a importação de produtos aquáticos de origem japonesa, de forma a "prevenir o risco de contaminação radioativa", após a central nuclear de Fukushima ter iniciado a descarga de águas residuais tratadas no Oceano Pacífico.

A medida foi tomada "para prevenir o risco de contaminação radioativa oriunda dos produtos aquáticos japoneses devido ao despejo no Pacífico da água contaminada proveniente da central nuclear danificada de Fukushima", informou a Administração Geral das Alfândegas da China, em comunicado.

A suspensão aplica-se a todos os produtos de origem aquática, incluindo peixe, mariscos, moluscos, crustáceos e algas.

O operador de Fukushima Daiichi, a Tokyo Electric Power Company Holdings (TEPCO), anunciou hoje o arranque do lançamento para o Oceano Pacífico das águas residuais radioativas tratadas e diluídas da central nuclear.

A TEPCO tinha avisado que a central de Fukushima Daiichi poderia, no início de 2024, ficar sem espaço para armazenar cerca de 1,33 milhões de toneladas de água, proveniente de chuva, água subterrânea ou injeções necessárias para arrefecer os núcleos dos reatores nucleares.

Também hoje a Coreia do Norte manifestou a sua oposição a este processo, afirmando que o Japão deve "parar imediatamente" com as descargas.

"O Japão deve parar imediatamente com a perigosa descarga de água radioativa, que representa uma séria ameaça à segurança e ao futuro da humanidade", referiu um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, divulgado pela agência noticiosa oficial KCNA.

A libertação de água começou quase 12 anos e meio após a fusão nuclear de março de 2011, causada por um forte sismo e tsunami.

Em comunicado, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, afirmou hoje que "os especialistas da AIEA estão no terreno para servir como olhos da comunidade internacional e garantir que a descarga está a ser realizada conforme planeado, de acordo com os padrões de segurança da agência".

A agência das Nações Unidas também disse que vai lançar um portal para fornecer dados em tempo real sobre a descarga e reiterou as garantias de que a AIEA irá acompanhar no local as operações.

Leia Também: Japão começa descargas de águas residuais da central nuclear de Fukushima

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