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Parlamento do Camboja elege o filho de Hun Sen como primeiro-ministro

O parlamento do Camboja elegeu hoje Hun Manet como novo primeiro-ministro, sucedendo ao pai, que governou o país com mão de ferro durante quase quatro décadas.

Parlamento do Camboja elege o filho de Hun Sen como primeiro-ministro
Notícias ao Minuto

06:55 - 22/08/23 por Lusa

Mundo Camboja

O decano da Assembleia anunciou a eleição, sem surpresas, do filho mais velho de Hun Sen, por 123 votos em 125, confirmando a vitória do seu partido nas eleições legislativas do mês passado, sem uma verdadeira oposição.

O rei do Camboja já nomeara oficialmente Hun Manet como primeiro-ministro, a 07 de agosto.

Poucos dias depois de uma vitória esmagadora nas controversas eleições legislativas de julho, Hun Sen, de 70 anos, anunciou que se demitia do cargo de primeiro-ministro em favor do filho, de 45 anos.

Hun Manet, um general de quatro estrelas, recebeu formação no Reino Unido e na academia militar norte-americana de West Point e lidera o exército cambojano desde 2018.

Hun Sen insistiu que a sucessão dinástica, comparável ao regime norte-coreano, se destina a manter a paz e a evitar "derramamento de sangue" em caso de morte no cargo.

Há mais de um ano que Hun Sen fala em passar o poder ao filho mais velho, que desempenhou um papel de liderança na campanha para as eleições legislativas de julho.

Mas Hun Sen deixou claro que tenciona exercer influência mesmo depois de sair, excluindo qualquer mudança de direção.

A partir de agora, vai exercer as funções de presidente do Senado, o número dois em termos de protocolo, depois do rei. Sempre que o rei se ausenta do país, cabe ao presidente do Senado assumir o cargo de chefe de Estado.

Com Hun Sen, o Camboja tem efetuado uma aproximação significativa à China.

O antigo Khmer Vermelho, que chegou ao poder em 1985, tem sido acusado de retrocessos nas liberdades fundamentais e de utilizar o sistema judicial para silenciar opositores, dezenas dos quais foram presos ao longo dos últimos 38 anos de mandato.

Em março, o líder da oposição, Kem Sokha, foi condenado a 27 anos de cadeia e colocado em prisão domiciliária por traição.

Leia Também: Mais de 2 mil engenhos explosivos descobertos num liceu do Camboja

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