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Israel critica Guterres por condenar operação militar em Jenin

O embaixador de Israel nas Nações Unidas criticou o secretário-geral da ONU, António Guterres, pela condenação do país por uso excessivo da força na operação militar visando um campo de refugiados na Cisjordânia.

Israel critica Guterres por condenar operação militar em Jenin
Notícias ao Minuto

22:13 - 08/07/23 por Lusa

Mundo Cisjordânia

Segundo a Associated Press, um porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, disse que o secretário-geral transmitiu a sua opinião na quinta-feira e "mantém esses pontos de vista".

Na quinta-feira, António Guterres disse que ficou "profundamente perturbado" com a situação em Jenin, na Cisjordânia ocupada, condenando os "atos de terror" contra civis.

"Condeno fortemente todos os atos de violência contra civis, incluindo atos de terror. Os ataques aéreos e as operações terrestres de Israel num campo de refugiados lotado foram a pior violência na Cisjordânia em muitos anos", disse Guterres, numa declaração à imprensa na sede da ONU, em Nova Iorque.

O líder das Nações Unidas sublinhou que os ataques tiveram um impacto significativo sobre civis, com "mais de 100 feridos e milhares forçados a fugir".

Questionado sobre se essa condenação se aplicava a Israel, respondeu: "Aplica-se a todo o uso excessivo de força e, obviamente, nesta situação, houve força excessiva usada pelas forças israelitas".

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, considerou que as afirmações do líder da ONU foram "vergonhosas" e "completamente afastadas da realidade".

Segundo Erdan, a operação militar israelita em Jenin concentrou-se apenas em travar atos terroristas palestinianos "contra civis israelitas inocentes".

Haq disse que Guterres "condena claramente toda a violência que tem afetado os civis em Israel e nos territórios palestinianos ocupados, independentemente de quem seja o perpetrador".

O Conselho de Segurança da ONU discutiu a operação militar israelita em Jenin na sexta-feira, a pedido dos Emirados Árabes Unidos, numa reunião à porta fechada, mas não adotou qualquer posição.

Erdan enviou uma carta aos 15 membros do Conselho e a Guterres antes da reunião dizendo que, no ano passado, 52 israelitas foram mortos por palestinianos e que muitos ataques foram perpetrados a partir de Jenin ou dessa área.

A operação israelita foi a mais importante desde há vários anos na Cisjordânia e mobilizou centenas de soldados.

Doze palestinianos e um soldado israelita morreram durante a operação que foi lançada no início da semana e durou 48 horas.

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