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Chega "grita contra politicamente correto", mas chama "traidor" a Marcelo

Em causa estão as declarações do Presidente da República, que sugeriu que Portugal assumisse responsabilidades por crimes cometidos durante a era colonial, propondo o pagamento de reparações pelos erros do passado, durante um jantar com jornalistas estrangeiros.

Chega "grita contra politicamente correto", mas chama "traidor" a Marcelo
Notícias ao Minuto

14:57 - 29/04/24 por Notícias ao Minuto

Política Isabel Moreira

A deputada Isabel Moreira considerou, esta segunda-feira, que “os mesmos que gritam contra o politicamente correto” apressaram-se a apelidar o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, como “traidor”, face às declarações do chefe de Estado sobre a reparação devida pelo passado colonial português. A socialista referia-se ao partido de extrema-direita Chega, cujo líder, André Ventura, anunciou que apresentará um voto formal de condenação na Assembleia da República.

“É sempre assim. Os mesmos que gritam contra o politicamente correto e que gritam ‘já não se pode dizer nada’ e falam em ‘cancelamento’ não se limitam a criticar Marcelo. Não. Marcelo é ‘traidor’ e o Governo trata de fazer uma declaração a sossegar o país. Uma espécie de ‘Marcelo não passará’ para agradar ao Chega”, escreveu, na rede social X (Twitter).

Em causa estão as declarações do Presidente da República, que sugeriu que Portugal assumisse responsabilidades por crimes cometidos durante a era colonial, propondo o pagamento de reparações pelos erros do passado, durante um jantar com jornalistas estrangeiros.

"Não podemos meter isto debaixo do tapete ou dentro da gaveta. Temos obrigação de pilotar, de liderar este processo, porque se nós não o lideramos, assumindo, vai acontecer o que aconteceu com países que, tendo sido potências coloniais, ao fim de x anos perderam a capacidade de diálogo e de entendimento com as antigas colónias", alertou.

Depois das declarações de Marcelo, o Governo afirmou, em comunicado, que "não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito" de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará "pela mesma linha" de Executivos anteriores.

Ainda assim, o Chega ressalvou que chamará ao Parlamento o ministro dos Negócios Estrangeiros, "para perceber se há algum tipo de contactos sobre esta matéria com os Estados lusófonos ou algum pedido específico dirigido ao Estado português", uma vez que, na sua ótica, as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa representam "uma traição ao povo português e à sua História".

Leia Também: Voto de condenação? "Não alinhamos em show offs mediáticos do Chega"

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