Candidatos do PS são "defensores da Constituição e liberdade religiosa"

 O candidato único a secretário-geral do PS garantiu hoje que quem faz parte das listas do partido em eleições está comprometido com os valores constitucionais e respeita a liberdade religiosa, e anunciou uma convenção autárquica entre agosto e setembro.

José Luís Carneiro

© Mário Vasa / Global Imagens

Lusa
21/06/2025 17:56 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Autárquicas

"Haveremos de, até ao final de agosto princípio de setembro, realizar a nossa convenção autárquica para assumirmos um conjunto de compromissos claros em relação aos princípios e aos valores fundamentais que conduzem à ação política das nossas candidatas e dos nossos candidatos. Porque ser candidato em nome do PS significa estarmos comprometidos com valores constitucionais, com princípios fundamentais dos direitos humanos que têm que ser salvaguardados em cada comunidade local neste país", sublinhou o candidato socialista, na apresentação da candidatura da antiga secretária de Estado Ana Sofia Antunes à autarquia de Oeiras.

 

Depois de discursar perante uma sala cheia no auditório municipal José de Castro, em Oeiras, Carneiro foi questionado pelos jornalistas sobre Pedro Gameiro, candidato do PS à Câmara Municipal de Benavente, que se assumiu contra a construção de uma mesquita em Samora Correia, algo que levou destacados socialistas como Augusto Santos Silva e Fernando Medina a pedir que o partido retire o seu apoio a esta candidatura.

Interrogado sobre se vai retirar o apoio a esta candidatura, Carneiro fez questão de salientar que os socialistas são "defensores intransigentes dos valores que estão consagrados na Constituição e também do valor da liberdade religiosa e da liberdade culto".

"E vamos defendê-la em quaisquer circunstâncias e em quaisquer territórios do nosso país e esse princípio está salvaguardado", garantiu.

Durante a sua intervenção no auditório municipal José de Castro, o candidato a secretário-geral fez questão de sublinhar que o PS "foi, é e será o grande motor do desenvolvimento local" e que foram os socialistas os que mais contribuíram para "o reforço das atribuições e das competências dos municípios e das freguesias".

"Se forem percorrer todo o edifício legislativo construído em sede da Assembleia da República, construído no Governo, relativamente ao poder local democrático, tirarão a ilação de que foi connosco, tem sido connosco, que mais avançou o poder local democrático na sua autonomia e nos meios financeiros para dar prossecução material na vida das pessoas em termos da autonomia do poder local democrático", argumentou.

José Luís Carneiro destacou ainda a marca socialista "na transferência de atribuições e de competências, nomeadamente no desenvolvimento social, na formação e na qualificação profissional, nos cuidados primários de saúde e na saúde pública", além da intervenção em políticas de habitação e no combate à pobreza e desigualdades, onde o dirigente destacou o programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES).

O socialista advogou para o PS o desenvolvimento de instrumentos do ordenamento do território, além do reforço da "própria legitimidade democrática dos órgãos do poder regional, não apenas nas áreas metropolitanas, mas nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais", as CCDR.

Carneiro deixou ainda rasgados elogios a Ana Sofia Antunes, que definiu como uma "voz sensível de não se deixar vencer pelos obstáculos ou constrangimentos".

"É dessa coragem interior, dessa força tranquila que nós carecemos na nossa vida democrática", considerou.

Depois de o deputado do PS Francisco César ter adiantado à Lusa que os socialistas querem esclarecimentos por parte do Governo português acerca das aeronaves norte-americanas estacionadas na Base Aérea das Lajes, nos Açores, José Luís Carneiro insistiu no mesmo apelo à margem desta iniciativa.

O socialista destacou as "relações de cooperação muito longas, duradouras e estáveis" que Portugal tem com os EUA mas disse aguardar mais informações por parte do executivo quer no plano público ou mesmo "num diálogo mais reservado".

Interrogado sobre as eleições presidenciais, Carneiro recusou sentir-se pressionado a decidir um eventual apoio do PS a algum candidato, numa altura em que António José Seguro, ex-líder socialista, já avançou oficialmente para a corrida a Belém, e insistiu que "depois das autárquicas", o partido estará habilitado a "tratar do assunto".

Leia Também: Carneiro questiona cenário macro e avisa que se opõe a cortes nos direitos

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