Amnistia quer "aumento da assistência" aos "Estados vulneráveis"
A Amnistia Internacional (AI) pretende que a cimeira que vai juntar em Paris dirigentes de vários Estados conduza à assistência imediata aos países que se confrontam com emergências financeiras e climáticas.
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"Os líderes mundiais que vão participar amanhã [quinta-feira] na cimeira de Paris devem garantir que os Estados ricos se comprometam com alívios de dívida significativos aos Estados com menores rendimentos, incluindo o cancelamento de empréstimos e o aumento da assistência internacional aos Estados vulneráveis", expressou a organização não governamental (ONG), em comunicado.
A organização de defesa dos direitos humanos apelou aos Estados ricos participantes na Cimeira para um Novo Pacto Global para o Financiamento que honrem compromissos anteriores que ainda estão por cumprir e adotem novos que garantam os direitos humanos nos países pobres.
"Muitos Estados vulneráveis, com baixos rendimentos, têm sido submersos por choques económicos, pelas dívidas que não podem pagar e pelos efeitos das alterações climáticas -- uma crise para as quais pouco contribuíram, mas que está a afetar as pessoas nestes Estados. Estes são desafios inéditos que exigem que se repense a arquitetura financeira que existe", disse a secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnès Callamard, citada no comunicado.
"Os direitos de muitas pessoas nos países vulneráveis ao acesso à proteção social e de saúde não estão a ser concretizados, nem mesmo ao mais básico nível", ainda seguindo o texto da AI.
Apesar destes apelos, a ONG considerou que "é questionável que a cimeira de Paris, convocada pelo presidente francês Macron fora do habitual quadro da Organização das Nações Unidas para discussões, seja um fórum apropriado para as reforças substanciais requeridas".
Esta cimeira foi convocada em 2022 por Emmanuel Macron. Vai realizar-se em Paris nos dias 22 e 23 de junho. São esperados mais de 50 chefes de Estado e governo.
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