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EUA inauguram embaixada em Tonga para conter influência da China

Os Estados Unidos inauguraram hoje uma nova embaixada em Tonga, como parte da sua estratégia diplomática para conter a crescente influência da China na região do Pacífico.

EUA inauguram embaixada em Tonga para conter influência da China
Notícias ao Minuto

08:31 - 10/05/23 por Lusa

Mundo Pacífico

"Esta inauguração simboliza a renovação do nosso relacionamento e ressalta a força do nosso compromisso com as relações bilaterais, com o povo de Tonga e com as parcerias na região do Indo-Pacífico", descreveu, em comunicado, o Departamento de Estado norte-americano.

A abertura da embaixada em Tonga foi uma das promessas feitas pela vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, num discurso virtual, proferido na última cimeira dos líderes do Fórum das Ilhas do Pacífico, que se realizou nas Fiji, em julho de 2022.

Harris disse ainda que Washington vai triplicar a ajuda à região.

"Valorizamos a nossa história comum com Tonga, cujas relações datam de 1886, e as relações diplomáticas de 1972", lê-se no comunicado emitido pelo Departamento de Estado.

A remota nação insular, que tem 105 mil habitantes, foi atingida em janeiro de 2022 por um tsunami provocado pela erupção de um vulcão. O tsunami causou danos significativos nas infraestruturas e fez três mortos.

O país tem uma dívida externa de 195 milhões de dólares (177,5 milhões de euros), o equivalente a quase 36% do seu PIB (Produto Interno Bruto). Segundo o jornal britânico The Guardian, o banco estatal chinês Export-Import Bank of China é credor de dois terços daquele montante.

A inauguração ocorre depois de os Estados Unidos terem reaberto a embaixada nas Ilhas Salomão, no início de fevereiro, após terem estado cerca de três décadas ausentes daquela nação do Pacífico.

A outrora esquecida região do Pacífico, que enfrenta uma ameaça existencial causada pelas alterações climáticas, adquiriu importância geopolítica depois de a China ter assinado um pacto de segurança com as Ilhas Salomão, em abril de 2022, negociado de forma opaca.

O pacto - que inclui o envio de forças de segurança chinesas a pedido de Honiara - suscitou receios na região de que a China também pudesse estabelecer bases navais nas Ilhas Salomão e que a crescente influência de Pequim prejudique as nações insulares que mantêm relações com Taiwan.

Em meados do ano passado, o então ministro dos Negócios Estrangeiros da China Wang Yi visitou o Pacífico para selar um acordo regional de segurança e cooperação com dez nações do Pacífico, incluindo Kiribati, Samoa, Tonga, Vanuatu.

A China não conseguiu, no entanto, chegar a acordo com os países.

Leia Também: EUA reforçam posição no Pacífico com nova embaixada em Tonga

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