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Reator nuclear produz eletricidade na Finlândia com 13 anos de atraso

O reator nuclear Olkiluoto 3 na central nuclear com o mesmo nome no sul da Finlândia começou hoje a produzir eletricidade com 13 anos de atraso, anunciou o operador finlandês TVO.

Reator nuclear produz eletricidade na Finlândia com 13 anos de atraso
Notícias ao Minuto

09:45 - 16/04/23 por Lusa

Mundo Finlândia

A central deverá produzir 30 por cento da eletricidade do país no futuro, metade da qual será gerada pelo novo reator, disse o operador finlandês num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

"A produção de Olkiluoto 3 estabiliza o preço da eletricidade e é uma parte importante da transição verde da Finlândia", disse o presidente da empresa, Jarmo Tanhua, citado no comunicado.

O Olkiluoto 3 tem uma produção de aproximadamente 1.600 megawatts e utiliza a mais moderna tecnologia pressurizada de água, segundo o TVO.

A construção começou em 2005, mas transformou-se num pesadelo para o consórcio contratante, Areva-Siemens, que concluiu a obra com 13 anos de atraso.

Além do atraso, o custo final foi estimado em cerca de 11 mil milhões de euros, quase quatro vezes mais do que o orçamentado.

Estava previsto começar a produzir eletricidade antes do inverno de 2022, no meio de receios de escassez de energia no contexto da guerra na Ucrânia.

Mas a data de início da produção foi adiada várias vezes durante a fase de testes, que começou em setembro.

A Finlândia foi o primeiro país da União Europeia (UE) a aumentar a capacidade de produção de energia nuclear após o acidente na central de Chernobyl na Ucrânia, em 1986.

O objetivo de Helsínquia era reduzir a dependência energética da Rússia e reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2).

O país nórdico planeia concluir, no prazo de dois anos, a construção da Onkalo, o primeiro depósito geológico profundo do mundo para eliminação permanente dos resíduos radioativos.

O Olkiluoto 3 começou a gerar eletricidade poucas horas depois de os últimos três reatores nucleares da Alemanha terem sido desligados da rede, concluindo finalmente a eliminação progressiva da energia nuclear decidida por Berlim em 2011.

Leia Também: Finlândia, Suécia e Polónia apostam no nuclear face ao apagão alemão

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