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Acusadas 21 pessoas de homicídio involuntário em naufrágio no Gabão

O Governo gabonês acusou 21 pessoas de homicídio involuntário na investigação ao naufrágio de um mini-ferry, no qual morreram 30 pessoas e sete estão dadas como desaparecidas, há um mês, anunciou hoje o procurador público de Libreville.

Acusadas 21 pessoas de homicídio involuntário em naufrágio no Gabão
Notícias ao Minuto

14:55 - 08/04/23 por Lusa

Mundo Naufrágio

O Esther Miracle, que ligava a capital ao porto petrolífero de Port-Gentil, virou-se a meio da noite de 9 de março e apenas 124 pessoas, das 161 oficialmente registadas a bordo, foram resgatadas.

O Governo deste pequeno país da África Central foi rápido em apontar possíveis falhas graves nas licenças de navegação emitidas a este navio misto de passageiros e carga, pertencente à companhia privada Royal Cost Marine (RCM).

A embarcação afundou-se a apenas dez quilómetros da costa. Os sobreviventes e as famílias das vítimas também culparam o ritmo lento da operação de salvamento.

Dezenas de pessoas foram então interrogadas sob custódia policial e como parte da investigação, incluindo oficiais da marinha mercante, do Ministério dos Transportes e executivos da RCM.

Das "48 pessoas referidas ao procurador em 6 e 7 de abril", "21 foram acusadas por um juiz de instrução por homicídio involuntário, ferimentos involuntários, falta de assistência, falsificação e utilização de falsificações, pondo em perigo a vida de outras pessoas", disse hoje o procurador André Patrick Roponat, ao canal da televisão pública Gabon Première.

"Entre eles, oito foram detidos e dois estão provisoriamente encarcerados", acrescentou, sem dar quaisquer pormenores sobre as pessoas envolvidas.

No dia anterior, o Governo tinha anunciado o fim da busca dos corpos dos desaparecidos, quase um mês após a tragédia.

"Há demasiada negligência, compromissos e acordos mesquinhos, e o setor dos transportes está particularmente preocupado, quer seja marítimo, terrestre ou ferroviário", disse o primeiro-ministro, Alain-Claude Bilie-By-Nze, a 17 de março, prometendo "sanções administrativas sem prejuízo de sanções penais".

"Registo também com pesar que o fenómeno da corrupção na nossa administração está a tornar-se preocupante", concluiu o chefe do Governo, no dia seguinte à demissão do ministro dos Transportes, Brice Paillat.

Leia Também: Revisão constitucional no Gabão reduz mandato presidencial para 5 anos

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