Trump é acusado, e os EUA continuam divididos. O que dizem os políticos?
Donald Trump deverá entregar-se na terça-feira, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
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Mundo Donald Trump
Poucas horas depois de a justiça norte-americana ter acusado formalmente o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, num caso de envolve alegados subornos à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels, as reações por parte de várias personalidades ligadas ao mundo da política têm vindo a surgir - tanto por parte de republicanos, como de democratas.
Todas estas reações surgem depois de o próprio, Trump, ter reagido à situação, cerca de uma hora depois de a informação ser conhecida. O empresário, que é o primeiro ex-presidente dos EUA a enfrentar acusações criminais, considerou que o que se passava era uma "caça às bruxas" que ia "fazer ricochete" no seu sucessor, Joe Biden.
Apesar da novidade da acusação, as reações corroboram a ideia de que os EUA estão divididos, uma ideia que tem vindo a caracterizar o país nas mais variadas situações ao longo do tempo. Enquanto os republicanos reforçam a ideia da "caça às bruxas" propagada por Trump - não só agora, mas também em relação a outras situações, como, por exemplo, quando foram descobertos documentos confidenciais na sua residência na Florida - os democratas sublinham que a lei é para ser cumprida por todos.
A ex-presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a democrata Nancy Pelosi emitiu um comunicado no qual explica isso mesmo. "O grande júri agiu perante os factos e a lei", começou por escrever na nota, na qual acrescenta: "Ninguém está acima da lei, e toda a gente tem o direito a um julgamento para provar a sua inocência. Espera-se que o antigo presidente respeite de forma pacífica o sistema, que lhe garante esse direito [de provar a sua inocência]".
Também o líder da maioria - democrata - do Senado, Chuck Schumer, apressou-se a reagir à acusação, que deverá ser conhecida nos próximos dias, de acordo com o New York Times. "Trump está sujeito às mesmas leis que qualquer americano. Poderá recorrer ao sistema legal e a um júri, não à política, para determinar o seu destino de acordo com os factos e a lei", escreveu numa nota. "Não deverá haver influência de política externa, intimidação ou interferência no caso. Encorajo tanto os críticos como os apoiantes de Trump a deixarem o processo prosseguir pacificamente e de acordo com a lei".«, rematou.
Já do lado dos republicanos, o governador da Florida, Ron DeSantis, que é potencialmente o maior rival de Trump na campanha eleitoral em 2024, recorreu à ideia de que está a existir uma perseguição política, uma questão defendida por Trump. "O procurador distrital de Manhattan, apoiado por [George] Soros, tem consistentemente distorcido a lei para rebaixar os crimes e para desculpar a má conduta criminal. No entanto, agora ele está a alongar a lei para atingir um adversário político", acusou DeSantis numa publicação partilhada no Twitter.
The weaponization of the legal system to advance a political agenda turns the rule of law on its head.
— Ron DeSantis (@GovRonDeSantis) March 30, 2023
It is un-American.
The Soros-backed Manhattan District Attorney has consistently bent the law to downgrade felonies and to excuse criminal misconduct. Yet, now he is…
"O armamento do sistema legal para fazer avançar uma agenda política transforma o Estado de direito de pernas para o ar. É anti-americano.", escreveu também na nota.
Também a republicana Marjorie Taylor Greene demonstrou o seu apoio, recorrendo ao Twitter. "Vou até Nova Iorque na terça-feira. Temos de protestar contra esta caça às bruxas inconstitucional", escreveu na rede social, referindo-se ao dia que Donald Trump se deverá entregar às autoridades.
I’m going to New York on Tuesday.
— Marjorie Taylor Greene 🇺🇸 (@mtgreenee) March 31, 2023
We MUST protest the unconstitutional WITCH HUNT!
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