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Demissão de PM escocesa abre corrida de 7 candidatos ao Governo e partido

A demissão da primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, abriu hoje uma corrida à sua sucessão à frente do executivo autónomo e do Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês).

Demissão de PM escocesa abre corrida de 7 candidatos ao Governo e partido
Notícias ao Minuto

15:43 - 15/02/23 por Lusa

Mundo Escócia

Embora Sturgeon não tenha falado de candidatos, sublinhou que o nacionalismo escocês está "cheio de gente talentosa", apontando aqueles que considera serem os sete principais concorrentes ao seu cargo.

O primeiro nome da lista é John Swinney, atual principal vice-ministro, considerado um dos seus colaboradores mais próximos e uma pessoa de confiança, e cujos anos de experiência no Governo e no SNP são apenas superados pela própria Sturgeon.

A seu favor tem também o facto de ter assumido as rédeas do partido no início deste século, após a renúncia de Alex Salmond, embora a sua trajetória tenha sido turbulenta e tenha deixado o cargo logo após o regresso do líder histórico.

Um segundo concorrente citado pela primeira-ministra demissionária é Angus Robertson, veterano da "era Salmond" que foi líder do SNP no parlamento britânico entre 2007 e 2017, quando o partido chegou a ter 56 dos 59 lugares que correspondem à Escócia, um sucesso eleitoral sem precedentes para o nacionalismo.

Em contrapartida, é impopular dentro da ala esquerda do partido devido ao seu apoio à adesão da Escócia à NATO.

O terceiro nome é o de Kate Forbes, de 32 anos, ministra das Finanças o executivo de Edimburgo, atualmente em licença de maternidade. Forbes é considerada como "sangue novo" para o nacionalismo escocês e, caso vença, torna-se a a líder mais jovem de história do partido.

No entanto, a sua assumida religiosidade choca diretamente com algumas das políticas progressistas do SNP sobre os direitos de 'gays' e transgénero.

Humza Yousaf é o quarto da lista e é atualmente o responsável pela pasta da Saúde do Governo. Está longe do seu pico de popularidade devido à crise que afeta o serviço nacional de saúde do Reino Unido e o seu cargo está a ser questionado. Ainda assim, conta como trunfo o facto de poder personalizar uma Escócia inclusiva já que é líder proeminente da comunidade muçulmana e defensor de outras minorias étnicas.

Neil Grey é outro dos possíveis candidatos à liderança do partido e, embora tenha apenas dois anos de experiência como deputado no parlamento regional de Holyrood, foi deputado em Westminster (Londres).

No último ano, ganhou peso no executivo como líder ministerial do programa de refugiados da guerra na Ucrânia.

A lista inclui ainda Stephen Flynn, que substituiu Ian Blackford como líder do SNP em Londres, no que foi interpretado como uma mudança geracional, e apoiou Sturgeon na sua intenção de transformar as eleições legislativas britânicas, marcadas para 2024, num "referendo de facto" sobre a independência, uma abordagem que, no entanto, a maioria dos escoceses rejeita, de acordo com as sondagens.

Mairi Mcallan é o último nome da lista de candidatos.

Trabalhou em estreita colaboração com Sturgeon como consultora especial para o Ambiente, Biodiversidade e Reforma Agrária e, desde 2021, tem-se destacado como deputada de Holyrood.

A sua juventude - tem 30 anos - é vista como uma desvantagem na intenção de assumir, neste momento, as rédeas do partido e do Governo, mas é, sem dúvida, uma opção de futuro para o nacionalismo escocês.

Leia Também: Sturgeon, a líder que defendeu fortemente a independência da Escócia

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