O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, anunciou hoje que estará na Bélgica na terça-feira para participar da reunião de mais de 50 países do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, que tradicionalmente se reúne na base militar dos EUA em Ramstein, na Alemanha.
"Trabalharemos intensamente com parceiros nos próximos dias. O ritmo é extremamente alto", sublinhou Reznikov, na rede social Facebook, onde acrescentou que as prioridades para a Ucrânia são "a proteção do céu ucraniano, inclusivamente através de uma plataforma de aviação".
Reznikov, juntamente com representantes do Estado-Maior e diplomatas, também quer promover ainda mais a denominada "coligação de tanques", abordar a criação de uma forte reserva de munições, para responder ao alto consumo de projéteis, além de discutir o apoio para o Exército em termos de logística, manutenção e reparações.
Off to #Ramstein 9 to work on:
— Oleksii Reznikov (@oleksiireznikov) February 13, 2023
•protecting 🇺🇦skies, including utilization of an aviation platform
•strengthening the "tank coalition"
•securing sufficient ammo stocks
•training of #UAarmy
•stability of logistics, maintenance & repair - implementation of "Military Schengen"
Também quer aprofundar os programas de treino para soldados ucranianos, que já estão a treinar no Reino Unido na manobra de tanques Challenger 2 e no sudoeste da Polónia com tanques alemães Leopard 2.
O Exército alemão iniciou o seu próprio programa de treino para o Leopard 2A6, que deve ser concluído até ao final do primeiro trimestre, disse hoje o canal público de televisão ARD, citando uma porta-voz do Ministério da Defesa.
A Ucrânia espera que, na reunião de terça-feira, os seus parceiros ocidentais esclareçam o número exato de tanques que enviarão e o cronograma de entrega.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse hoje em Bruxelas que a Ucrânia deve continuar a receber "o que precisa" para vencer e "alcançar uma paz justa", indicando que aguarda "mais entregas" de tanques para Kiev.
A reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia realiza-se 10 dias antes do primeiro aniversário da guerra, durante o qual a Ucrânia não descarta a possibilidade de sofrer um novo ataque massivo - o décimo quinto - da Rússia.
A porta-voz do Comando Sul das Forças Armadas da Ucrânia, Nataliya Gumenyuk, disse hoje que este cálculo não se deve apenas à forma como a Rússia olha para datas simbólicas, mas também ao tempo médio entre ataques.
Leia Também: Operadora anuncia fim de cortes de eletricidade na maior parte da Ucrânia